Há crimes que ferem a lei dos homens. Outros, porém, rasgam a própria ordem criada por Deus. O caso ocorrido em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, em que uma mãe e o padrasto foram presos acusados de abusar sexualmente de uma criança de apenas três anos, não pode ser tratado apenas como mais um episódio policial. Trata-se de uma tragédia espiritual, moral e familiar que clama aos céus por justiça.
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Segundo as investigações da Polícia Civil, os abusos eram registrados em vídeo e armazenados nos celulares do casal, sendo justificados por eles como “fantasias sexuais”. A denúncia partiu de um amante da mãe da criança, revelando um cenário ainda mais grave: uma vida marcada por infidelidade, desordem afetiva e ruptura total dos vínculos familiares, onde a criança, fruto de outra relação, tornou-se a principal vítima.
A Palavra de Deus é clara ao advertir:
“Quem fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor seria que lhe pendurassem ao pescoço uma grande pedra de moinho e fosse lançado ao fundo do mar” (Mt 18,6).
Não se trata de retórica religiosa, mas de uma afirmação severa do próprio Cristo sobre a gravidade de ferir a inocência.
A ruptura da vocação materna e o colapso da família

A maternidade é, por sua natureza, vocação ao cuidado, à proteção e ao dom de si. Quando uma mãe se torna cúmplice da violência contra o próprio filho, algo profundamente desordenado já se instalou muito antes do crime. Não nasce do nada. É fruto de uma vida sem referência moral, sem temor de Deus, sem compromisso com a verdade.
A Doutrina da Igreja ensina que a família é a “igreja doméstica”, o primeiro espaço onde a criança deveria experimentar amor, segurança e limites. Quando o matrimônio é substituído por relações instáveis, adultérios e vínculos marcados pelo egoísmo, a família deixa de ser proteção e passa a ser risco.
São João Paulo II advertia que a crise da família é sempre uma crise do homem. Onde a castidade é desprezada, a fidelidade ridicularizada e a conversão adiada, o mal encontra terreno fértil para agir.
Castidade, conversão e responsabilidade espiritual
Este caso lança uma luz dura, porém necessária, sobre um ponto que muitos evitam: não existe neutralidade espiritual. A vida desordenada não afeta apenas quem a escolhe; ela atinge inocentes. A Sagrada Escritura adverte:
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semear, isso também colherá” (Gl 6,7).
A castidade não é repressão, mas proteção da dignidade humana. O matrimônio não é uma convenção social, mas um sacramento que ordena o amor e cria um ambiente seguro para os filhos. Quando esses pilares são rejeitados, o resultado é devastador.
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O Portal Cura e Libertação reafirma: proteger as crianças passa, necessariamente, pela conversão dos adultos. Nenhuma política pública substitui um coração convertido. Nenhuma lei compensa a ausência de temor de Deus.
Um clamor por justiça e por retorno a Deus
A justiça dos homens deve agir com rigor, e assim o faz. Mas este episódio deve ir além da indignação momentânea. Ele precisa provocar um exame de consciência pessoal e social. Quantas vezes se relativiza o pecado? Quantas vezes se normaliza o adultério, a promiscuidade e a ruptura familiar, sem perceber que os primeiros a pagar o preço são os pequenos?
O salmista clama:
“Criai em mim, ó Deus, um coração puro” (Sl 50,12).
Sem corações purificados, sem famílias restauradas, sem retorno à vida sacramental e à obediência à lei de Deus, continuaremos assistindo a tragédias que poderiam — e deveriam — ser evitadas.
Este caso não pode ser esquecido. Ele deve servir como alerta severo: a omissão, a desordem moral e o afastamento de Deus também destroem vidas — muitas vezes em silêncio.



Respostas de 2
A nossa igreja podia falar mais sobre família moralidade. Não fala nada não está ensinando nada os sacerdote d hoje. Preciso mais ensinamentos na comunidade de hj.
as pregacoes deveriam ser mais claras falando do julgamento de cristo qdo morrer .os padres nao falam do inferno ….o tormento q que e ….as pesssoas acham.q nem existe .
nao digo todos os padres mais a maioria nao fala do inferno. e o sofrimento que e la