A Freira: Quando o Cinema Toca o Oculto — O Que os Cristãos Precisam Discernir Sobre Valak e o Horror Sobrenatural

O filme A Freira, parte do universo de terror de Invocação do Mal, apresenta a figura demoníaca chamada Valak, retratada na forma de uma freira profana. Embora seja uma obra de ficção, sua construção estética e simbólica nasce de elementos reais do imaginário demonológico e do universo espiritual, e por isso suscita uma reflexão pastoral séria. A história segue uma jovem noviça e um sacerdote enviados pelo Vaticano para investigar um suicídio misterioso em um convento na Romênia. O enredo se desenvolve em meio a manifestações violentas, possessões, aparições demoníacas e profanação de símbolos sagrados — temas que, mesmo em ambiente cinematográfico, não podem ser tratados como simples “diversão inofensiva”.

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A Igreja sempre reconheceu que o mal espiritual existe e age. Quando filmes como A Freira transformam o demoníaco em espetáculo, surge o risco de dessensibilização espiritual: muitos começam a ver o demônio como personagem, não como realidade. No filme, Valak manipula símbolos religiosos, zomba da veste consagrada e cria ilusões. Isso toca naquilo que a Tradição Católica sempre ensinou: o demônio é “o pai da mentira” (Jo 8,44) e utiliza o medo, a confusão e a profanação para perturbar os fiéis. Esse uso cinematográfico do mal pode gerar fascínio ou banalização — ambos perigosos.

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Do ponto de vista pastoral, a Associação Internacional dos Exorcistas (A.I.E.) sempre alertou que o contato repetido com produções de horror demoníaco pode abrir brechas emocionais e espirituais, especialmente quando há curiosidade malsã, vulnerabilidade psicológica ou vida espiritual debilitada. Não se trata de dizer que assistir ao filme causa possessão — isso seria superstição —, mas de reconhecer que o imaginário humano é porta de entrada para inquietações interiores. Aquilo que alimenta o medo, a obscuridade e a fascinação pelo oculto não fortalece a alma: fragiliza.

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A Escritura é clara: “Não deis lugar ao demônio” (Ef 4,27). Mesmo que o filme seja fictício, ele opera com elementos reais: nomes demoníacos, profanações de sacramentais, ambientes de conventos, liturgia distorcida. O perigo aqui é espiritual e psicológico. Uma pessoa sem maturidade espiritual pode confundir ficção com experiência espiritual, pode interpretar fenômenos naturais como assombrações ou pode desenvolver medo desordenado do mal — o que enfraquece a confiança em Deus e nos sacramentos. E, paradoxalmente, outras pessoas podem tomar o demônio como caricatura, perdendo o senso da gravidade da batalha espiritual.

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A tradição católica ensina que o demônio deve ser reconhecido, mas nunca buscado. Filmes como A Freira frequentemente conduzem o espectador a um contato prolongado com imagens demoníacas, torturas espirituais e simbologias que atingem a imaginação. A Igreja recomenda prudência: o entretenimento não deve expor gratuitamente a alma a conteúdos que perturbam a paz interior. O cristão bem formado deve avaliar não apenas “se pode ver”, mas “se convém ver”. E, para muitos, esse tipo de filme simplesmente não convém.

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Se por um lado A Freira desperta interesse pelo sobrenatural, por outro não conduz ao verdadeiro sobrenatural cristão, mas ao seu oposto: medo, distorção, profanação. A fé cristã não é marcada pelo horror, mas pela vitória de Cristo. E a Igreja sempre orienta: não se deve brincar com aquilo que representa o mal ou imitá-lo. O discernimento é a chave.

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No fim, a mensagem pastoral é simples: o cinema de terror demoníaco não é neutro. Pode afetar a imaginação, o coração e a sensibilidade espiritual. Cabe aos fiéis, especialmente aos jovens, cultivar aquilo que fortalece a alma, e não o que a perturba. Cristo venceu o mal. A arte que coloca o mal como protagonista não deve conduzir à curiosidade, mas ao cuidado. E, acima de tudo, deve nos lembrar de buscar o que edifica, ilumina e conduz à paz, porque Deus não fala na escuridão da angústia, mas na luz da verdade.

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