Os riscos da Constelação Familiar

Nos últimos dias, temos recebido inúmeras mensagens de católicos preocupados com o avanço da Constelação Familiar como método de terapia dentro da Igreja. Para nossa surpresa, começamos a receber banners de encontros – organizados, inclusive por sacerdotes – com “especialistas” da área. Alguns encontros organizados, inclusive, como se fossem momentos de oração virtuais. A pedido de nossos assinantes e visitantes que estão sempre acompanhando o Portal e tendo em vista nossa função de bem instruir o povo de Deus, sobretudo nos assuntos relacionados à cura, libertação e, quando necessário, o sagrado ministério do Exorcismo, decidimos escrever a respeito de tal terapia.

Gostaríamos de iniciar dizendo que no I Curso sobre o Ministério dos Exorcismos e a Oração de Libertação, organizado pela Associação Internacional dos Exorcistas – AIE, na cidade de Goiânia, entre 01 e 05 de julho de 2019, Monsenhor Dr. Rubens Miraglia Zani, Delegado Coordenador da AIE para a Secretaria de Língua Portuguesa dedicou uma aula sobre o assunto para os Ministros de Cura e Libertação leigos que lá estavam. Utilizaremos, então, considerações feitas por ele, na aula dada neste curso para os leigos.

Vejamos:

Constelação Familiar é um método de psicoterapia desenvolvido em tempos recentes pelo psicoterapeuta alemão Anton Suitbert Hellinger, mais conhecido como Bert Hellinger.

Problemas, dificuldades e doenças das pessoas estariam ligados aos destinos de membros anteriores de sua família ou de seu grupo étnico.”

Como uma espécie de memória coletiva, a Ressonância Mórfica é a ideia de que conjuntos de informações se propagam por meio de uma espécie de “memória coletiva”.

Em um primeiro momento, precisamos salientar que não existem estudos científicos conclusivos sobre a eficácia da prática.

Mas afinal de contas, quem é Bert Hellinger?

Prosseguimos com a aula ministrada pela AIE no curso em Goiânia:

“Foi um sacerdote católico e missionário na África do Sul, onde conviveu por 16 anos, junto as tribos zulus, observando seus comportamentos, costumes, rituais e uma maneira muito particular desta tribo de cultuar os antepassados.”

Importante frisar que Padre Hellinger abandonou o sacerdócio após 25 anos de ministério. Voltando para a Alemanha, decide estudar psicanálise. Dentro destes estudos, conhece a americana Virginia Satir, por volta dos anos 70, que tinha um trabalho voltado para “Esculturas Familiares”, metodologia batizada por ela. Na área de assinantes do Portal de Cura e Libertação, estamos disponibilizando o material completo da aula dada por Monsenhor Rubens Zani no curso para os leigos organizado pela AIE no Brasil, onde explica-se detalhadamente sobre esse assunto e apresenta-nos o criador do Psicodrama Jacob Levy, que já havia desenvolvido e feito conhecer esse tipo de psicoterapia.

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De fato, o psicodrama como psicoterapia procura desencadear situações com forte carga emocional, dando ao psicoterapeuta a oportunidade de aprender os sintomas manifestados no relacionamento dos participantes.

Bert Hellinger remodela a metodologia das “Esculturas Familiares” com o “Psicodrama”, além da sua forte experiência com as tribos zulus cultuando seus antepassados e cria a chamada “Constelação Familiar”.

Em relação às dúvidas que circundam a respeito da Constelação Familiar, encontramos um vídeo esclarecedor sobre o assunto na plataforma de vídeos  Youtube, com comentário do Professor Felipe Aquino.

No desenvolvimento das Constelações Familiares, notamos que elas sugerem existirem 3 leis principais:

  1. Adesão: cada membro da família tem que “pertencer” à família de forma eficaz.
  1. Ordem: a família tem uma “ordem hierárquica” específica, que deve ser respeitada.
  1. Lei da reciprocidade: você teria “uma compensação adequada” no presente para cada ação e decisão tomada no passado.

O método de correção estaria, portanto, em não violar nenhuma destas “leis” para que a Constelação Familiar consiga colocar em ordem tudo que está fora do lugar. Isso serve para o que já foi feito e, consequentemente hoje estaria fora do lugar.

O método da Constelação Familiar difere apenas do das “Esculturas Familiares” por causa do forte apelo para a questão da Hereditariedade. Ressaltamos que nem o CFM (Conselho Federal de Medicina) e nem o CFP (Conselho Federal de Psicologia) não reconhecem este método.

O método empírico

Bert Hellinger costumava chamar seu método de método fenomenológico, ou método empírico, onde o pesquisador através da observação e dados obtidos através da vivência e a experiência, possam ser trabalhados e comprovados os resultados, formando-se um método científico.

Citamos novamente a aula ministrada pela AIE no curso de Goiânia:

“Na filosofia, empirismo foi uma teoria do conhecimento que afirma que o conhecimento vem apenas, ou principalmente, a partir da experiência sensorial.”

 A forma de agir na Constelação Familiar, o seu “Procedimento” é peculiar. A fim de que não nos estendamos de maneira exacerbada e nem percamos o foco principal do assunto, procuraremos suprimir detalhes que não deixam de ser importantes, mas que farão com que tenhamos um material demasiado extenso. A aula completa, com todos os detalhes sobre as Constelações Familiares está na disponível para assinantes do Portal.

Para nós, neste momento, é importante sabermos que  durante seu levantamento de informações para a aplicação do método, o terapeuta baseia-se sempre em informações e fatos – muitas vezes dolorosos – da vida da pessoa para formar opinião e adotar métodos de terapia baseados em tais traumas, sobretudo aqueles que tem a ver com os antepassados.

O espiritismo desenvolvido na relação com os antepassados: o Animismo

 O animismo pondera que “tudo está ligado entre si”, não havendo separação entre mundo físico (material) e mundo espiritual. Existiriam almas ou espíritos não só em seres humanos, como em outros elementos, inclusive plantas, rochas e até acidentes geográficos. A crença em espíritos poderosos – que podem ajudar ou prejudicar os humanos – também prevalece, além das práticas de magia e feitiçaria. Como exemplos de práticas animistas temos religiões tribais africanas, como Umbanda, Candomblé, Quimbanda, entre outras.

A bíblia proíbe expressamente as práticas de animismo:

“O homem ou mulher que sejam necromantes ou sejam feiticeiros serão mortos; serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre eles” (Levítico 20,27).

Conclusões importantes

“O que este método ensina, basicamente, é que trazemos de maneira inequívoca todos os males que foram se repetindo na história dos nossos antepassados.”

“Como explica o espírita brasileiro Divaldo Franco: “A família é uma constelação, na qual o pai é o sol, a mãe é a lua, os filhos são os astros que circulam em torno deste conjunto. Os demais familiares são os asteroides.”

Citações da aula do Curso Sobre a Oração de Libertação e o Ministério dos Exorcismos, dado em Goiânia, 2019.

Para nós, Católicos Apostólicos Romanos, tal prática é incompatível com a nossa fé, como vimos, por vários motivos, tendo a base espírita e tribal dos antepassados como pano de fundo.

Bert Hellinger, criador do método das Constelações Familiares, afirmava que a eficácia do método se dava por conta da “comunhão de almas” que existe entre o “ator” e o “representado” e ainda que não se conheçam, essa energia pode fluir sobre eles. Inclusive em relação aos mortos, utilizando-se de ditas faculdades mediúnicas ou sensitivas, em práticas que são condenadas pela nossa fé católica e a palavra de Deus.

Como já dissemos, o Portal tem recebido diversas mensagens solicitando orientação a respeito de tal terapia, inclusive com a presença de sacerdotes organizando encontros para promovê-la, causando confusão entre os fiéis.

Esperamos contribuir com este simples artigo para o esclarecimento do povo de Deus.

Não deixe de baixar aula e o material completas no Portal. Caso não seja nosso assinante, ajude-nos a orientar as almas e chegarmos até Deus!

Deus abençoe a todos!

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