Padre Gabriele Amorth (Modena, 1º de maio de 1925 – Roma, 16 de setembro de 2016) é celebrado pela Igreja Católica como o “exorcista mais famoso do século XX”, título reafirmado em artigo do National Catholic Register publicado em junho de 2025. Ordenado sacerdote em 1954 pela Sociedade de São Paulo, Amorth foi oficialmente nomeado exorcista da Diocese de Roma em 1986, por indicação do Cardeal vigário de Roma, Ugo Poletti, e posteriormente tornou‑se o exorcista-chefe do Vaticano. Reconhecido por sua atuação intensa e pelos números impressionantes que ele mesmo divulgou — entre 50 000 e 70 000 rituais de exorcismo ao longo de décadas —, tornou‑se referência mundial em demonologia e libertação espiritual.
O artigo destaca que o Pe. Lanza, representando a Associação Internacional de Exorcistas, agradeceu a Amorth por “haver lembrado à Igreja e aos teólogos que o mistério da redenção é, sobretudo, libertação de Satanás”. Em 1990, Amorth fundou essa associação que promove a formação e o suporte aos exorcistas autorizados pela Igreja, presidindo-a até se aposentar em 2000. A organização foi reconhecida oficialmente pelo Vaticano em 2014, contando com centenas de membros em dezenas de países.
Segundo o registro noticioso, Amorth era conhecido por seu método prático e firme, enfatizando a existência real do demônio e dos demônios como forças que atuam no mundo. Ele alertava para os riscos de práticas como tabuleiros Ouija, astrologia e ocultismo, apontando que tais atividades podem abrir portas ao mal espiritual. Apesar das críticas e do ceticismo de alguns profissionais, Amorth defendia que a maioria dos que buscavam ajuda deveriam, primeiramente, buscar avaliação médica ou psiquiátrica, conduzindo o discernimento com prudência.
A repercussão da trajetória de Amorth também se estendeu ao cinema e à mídia. Filmes como O demônio e o Padre Amorth (2016), dirigido por William Friedkin, mostram seu ministério em ação. Já em 2023, o longa O exorcista do Papa, estrelado por Russell Crowe, apresenta uma versão dramatizada da vida de Amorth, adaptada a partir de seus livros Um exorcista conta-nos (1999) e Novos relatos de um exorcista (2002), reconhecendo que não retrata fielmente os fatos da vida do sacerdote. O longa alterou situações, personagens e diálogos para criar uma narrativa cinematográfica mais dramática e comercial.
O artigo reafirma o legado de Pe. Amorth como guia espiritual e homem de comunicação: jornalista, diretor de revistas católicas como Família Cristã e Mãe de Deus, escritor prolífico com obras traduzidas e difundidas internacionalmente. Sua formação em Direito, experiência na resistência italiana contra o nazismo e profundo conhecimento teológico moldaram uma personalidade carismática, que influenciou a percepção moderna do exorcismo como ministério de fé e libertação.
Entre suas contribuições, destaca-se o alerta às práticas espirituais que introduzem falsos mecanismos de poder — como Harry Potter e exercícios de yoga, que classificava como “satânicos” por atrair jovens à superstição sem ancoragem na fé cristã. Amorth insistia que o exorcismo é um ministério de alegria, esperança e paz, e não um rito sensacionalista — papel que continua a inspirar muitos exorcistas e fiéis na atualidade.
Uma resposta
Boa tarde .
Uma grande verdade.