A santidade que desconcerta o inferno
A Igreja vive um momento histórico: a canonização do Beato Carlo Acutis, um adolescente que entregou sua vida a Cristo com simplicidade e intensidade. Porém, mais do que um ato litúrgico, a canonização confirma aquilo que o inferno já reconhece com temor: a santidade desse jovem desarma as trevas. Durante um exorcismo, um exorcista aqui do Brasil invocou a intercessão de Carlo e o próprio demônio, tomado de fúria, respondeu: “Você chama este menino para te ajudar?”. Essa frase revela uma verdade espiritual profunda: os santos, mesmo ainda jovens, são instrumentos de Deus tão poderosos que até os inimigos da fé se curvam diante da luz que carregam. A Igreja, ao canonizar Carlo, não faz senão proclamar aquilo que os espíritos malignos já sabem e temem: Cristo vive e age em sua vida.
O poder da pureza e da Eucaristia
A razão pela qual Carlo Acutis é temido pelo demônio não está em suas próprias forças, mas no modo como viveu radicalmente unido a Cristo. Desde pequeno, Carlo escolheu a Eucaristia como o centro de sua existência, chamando-a de “minha estrada para o céu”. Essa intimidade eucarística é insuportável ao inimigo, pois a Eucaristia é o próprio Cristo vivo, que triunfou sobre a morte e o pecado. O Catecismo da Igreja Católica ensina que os sacramentos são “forças que saem do Corpo de Cristo” (CIC 1116). Assim, cada comunhão de Carlo foi um encontro real com o Senhor, que o configurava cada vez mais ao Mistério da Cruz e da Ressurreição. A pureza de sua vida, a inocência preservada e a entrega total a Deus tornaram-se armas espirituais de grande eficácia contra o mal.
Um jovem que ofereceu tudo por Cristo e pela Igreja
Carlo não foi apenas um devoto piedoso; ele foi um jovem que fez da sua vida um sacrifício agradável a Deus. Ao enfrentar a leucemia, ofereceu seus sofrimentos “pelo Papa e pela Igreja”, assumindo a cruz com serenidade e amor. Essa atitude lembra as palavras de São Paulo: “Completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, em favor do seu Corpo, que é a Igreja” (Cl 1,24). O demônio teme almas que, mesmo no sofrimento, permanecem fiéis e intercessoras, porque nelas se manifesta o poder da Cruz. Carlo entendeu que a santidade não é adiada para os adultos ou para os sacerdotes, mas é vocação universal, e nela ele se consumiu em apenas quinze anos. É essa vida totalmente entregue a Cristo que o torna um intercessor temido nas batalhas espirituais.
O combate espiritual na era digital
Outro aspecto que faz de Carlo uma ameaça ao demônio é sua capacidade de transformar a cultura digital em campo de evangelização. Criador de um site que catalogava milagres eucarísticos (www.miracolieucaristici.org), Carlo mostrou que a internet pode ser usada como púlpito da verdade. Essa ousadia desconstrói uma das maiores estratégias do inimigo: dominar a juventude por meio das redes e tecnologias. Quando Carlo aparece como intercessor num exorcismo, o diabo vê não apenas um jovem santo, mas um adversário direto em um dos territórios que ele mais deseja controlar: o coração e a mente dos jovens. Assim, Carlo continua a evangelizar mesmo após sua morte, pois sua vida mostra que a graça pode invadir todos os espaços, inclusive aqueles que o inferno julga como seus.
A santidade que inspira e protege
O episódio do exorcismo é um sinal claro: o inferno teme Carlo Acutis porque nele brilha a vitória de Cristo. Se o inimigo treme diante do nome desse jovem, é porque a santidade é a verdadeira arma contra as trevas. O demônio sabe que cada alma que se inspira em Carlo e volta à Eucaristia lhe escapa das mãos. Por isso, a canonização de Carlo não é apenas uma celebração litúrgica, mas um ato profético: a Igreja apresenta ao mundo um santo capaz de mostrar que a santidade é possível hoje, que a pureza é possível hoje, que amar a Cristo até o fim é possível hoje. E, diante disso, o inimigo não tem escolha senão confessar, ainda que a contragosto: este menino é um aliado poderoso dos exorcistas e de todos os que combatem na luz de Cristo.
