ThunderCats e o Chamado aos ‘Espíritos do Mal’: O Perigo Espiritual Que Ninguém Está Vendo

1. Quem é Mumm-Ra e por que sua invocação é espiritualmente problemática?

Mumm-Ra é apresentado como uma múmia sacerdotal a serviço de espíritos malignos, condenado a uma forma decadente e sem vida própria, sustentado apenas por forças ocultas. Sua transformação em guerreiro poderoso depende de um ritual explícito: ele eleva as mãos, invoca entidades espirituais e se submete a elas em troca de força.
Na narrativa, esses “espíritos do mal” são tratados como seres reais, inteligentes, donos de poder e aliados do personagem — exatamente a lógica espiritual de um pacto demoníaco, ainda que representado de forma fantástica. A questão não é se a criança que assiste irá reproduzir o ritual, mas como a repetição de símbolos e ritos de invocação pode banalizar realidades espirituais sérias, abrindo espaço para curiosidade, identificação ou dessensibilização diante do oculto. A própria escolha de palavras — “espíritos do mal” — já coloca o ritual na esfera de uma prática explicitamente condenada pelo cristianismo desde o Antigo Testamento.

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2. O que a Doutrina da Igreja ensina sobre invocações, magia e forças ocultas

O Catecismo da Igreja Católica é absolutamente claro:

  • §2116 – Todas as formas de adivinhação, magia, feitiçaria ou práticas que envolvam invocação de espíritos devem ser rejeitadas.
  • §2117 – É condenada toda prática que queira “dominar poderes ocultos” ou recorrer a espíritos para obter força, poder ou conhecimento.
  • §2110–§2115 – O primeiro mandamento exige rejeitar tudo o que contradiz a confiança total no Senhor, incluindo pactos espirituais ou curiosidade pelo oculto.

Na raiz dessa doutrina está uma verdade essencial:
somente Deus pode ser invocado como fonte de força, proteção e sabedoria.
Qualquer outra entidade espiritual que ofereça poder a alguém exige, como contrapartida, submissão e servidão — exatamente o que vemos na relação de Mumm-Ra com os “antigos espíritos do mal”

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3. O testemunho das Escrituras: alerta contra invocações e alianças espirituais

A Palavra de Deus é firme ao proibir o contato com forças espirituais contrárias ao Senhor:

  • Deuteronômio 18:10–12 – Condena a consulta aos mortos, a magia, os encantamentos e a adivinhação.
  • Efésios 6:12 – Recorda que nossa luta é contra “os poderes e as forças espirituais do mal espalhadas pelos ares”.
  • 1 Pedro 5:8 – Adverte que o inimigo “ronda como um leão que ruge, procurando a quem devorar”.
  • Gálatas 5:19–21 – Coloca a feitiçaria entre as obras da carne que afastam o homem de Deus.

Quando a cultura pop apresenta pactos, invocações ou rituais como algo esteticamente belo, poderoso ou empolgante, cria-se um ambiente favorável para o relativismo espiritual — e exatamente por isso a Igreja insiste na vigilância.

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4. A visão da Associação Internacional dos Exorcistas

A Associação Internacional dos Exorcistas (AIE) — organismo reconhecido pela Santa Sé, que reúne exorcistas experientes do mundo inteiro — possui uma posição pastoral firme sobre conteúdos midiáticos que exaltam:

  • rituais mágicos;
  • pactos espirituais;
  • bruxaria;
  • invocações demoníacas;
  • glorificação do mal como fonte de poder.

A AIE não proíbe desenhos ou filmes, mas alerta: conteúdos que apresentam pactos com forças ocultas como algo positivo ou estilizado podem, com o tempo, causar:

  1. Dessensibilização espiritual – o mal passa a parecer “normal”.
  2. Curiosidade prática – crianças e jovens tentam imitar gestos, frases ou “rituais”.
  3. Portas espirituais abertas – não por magia fictícia, mas por desejos, intenções e buscas que aproximam a pessoa de práticas reais de ocultismo.
  4. Perturbação espiritual – quando o conteúdo desperta medo, fascinação ou inquietações que podem demandar acompanhamento pastoral.

Exorcistas insistem que a imaginação influencia a vida espiritual, e que a exposição contínua ao mal representado de forma atraente pode funcionar como “catequese invertida”.

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5. Como deve agir um cristão diante desse tipo de conteúdo?

A Igreja não pede que vivamos com medo, mas que vivamos com discernimento. Diante de casos como a invocação de Mumm-Ra, algumas orientações são fundamentais:

1. Distinguir ficção de prática espiritual

Explicar às crianças que aquilo é fantasia, e que ritos de invocação nunca devem ser repetidos.

2. Evitar a normalização do mal

Não transformar símbolos malignos em algo divertido ou “legal”.

3. Educar para a vigilância

Ensinar que o mal espiritual existe, e que não se deve brincar com aquilo que a Revelação condena.

4. Fortalecer a vida sacramental

O caminho seguro contra influências espirituais nocivas é a vida em Cristo:
Eucaristia, Confissão, Palavra de Deus, Rosário e bênçãos sacramentais.

5. Buscar ajuda se houver inquietação

Se uma criança ou adulto se sentir perturbado por conteúdos assim, deve-se procurar um sacerdote ou equipe diocesana especializada em libertação.

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Conclusão

A cultura pop faz parte da vida moderna, mas a fé cristã nos ensina a observar com discernimento aquilo que consumimos. ThunderCats, enquanto obra de fantasia, pode ser apreciado com prudência. Contudo, a figura de Mumm-Ra e sua invocação a “espíritos do mal” merece atenção, sobretudo de pais e educadores cristãos.
A Bíblia, o Magistério e a experiência pastoral da Associação Internacional dos Exorcistas convergem na mesma direção: não se deve brincar, imitar, promover nem normalizar elementos ligados a pactos espirituais malignos. O fiel informado não vive com medo do mal, mas fortalecido em Cristo, que já venceu definitivamente o inimigo.

Site da AIE em Lingua Portuguesa

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