Como foram os Exorcismos de São João Paulo II?

São João Paulo II realizou exorcismos. E não foi somente uma vez: ao menos três vezes durante o seu longo pontificado, celebrou o ritual de Exorcismo. Em uma das ocasiões, o momento está registrado nas memórias do falecido Cardeal francês Jacques-Paul Martin:

Nós ouvíamos os gritos dela. João Paulo II começou a fazer várias orações.

A pessoa possuída tratava-se de uma jovem mulher de nome Francesca e conta-nos o Cardeal Martin que ela foi levada à São João Paulo II pelo Bispo de Spoleto, região da Úmbria, que por não saber mais o que fazer com o difícil caso de possessão, solicitou uma audiência com o Santo Padre afim de lhe apresentar a situação. A data era 27 de março de 1982 e, após o fracasso da medicina em resolver o problema da mulher, a Igreja foi procurada. Antes de ir ao Papa, a mulher foi atendida pelo seu pároco e por um sacerdote exorcista. Ao conseguir a audiência, o Bispo encarregou o pároco de Santa Assunta, na região de Cesi-Terni, Padre Baldini Ferroni a levar a mulher e sua família ao Vaticano.

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O padre, impressionado, narra os detalhes daquele dia:

Fomos levados a uma sala onde o Papa se vestia para as missas. Ela não tinha emoções. O Papa pegou o livro do rito do exorcismo e começou a ler em latim. A jovem tremia, mesmo tendo no rosto uma expressão de “ausência”.

Após completar o ritual em latim, o Papa pediu aos presentes que se mantivessem tranquilos e continuassem rezando por Francesca. Liberta do mal demoníaco, a mulher seguiu sua vida normalmente, casou e teve 4 filhos.

Quando era um jovem sacerdote em Cracóvia, o futuro Papa já havia realizado diversas vezes o ritual de exorcismo sobre pessoas que tinham problemas inexplicáveis, inclusive alguns que a medicina não podia explicar.

Nos anos 2000, um caso que o falecido Padre Gabriele Amorth estava exorcizando foi enviado por ele à praça de São Pedro para assistir à audiência Papal. Quando o Papa passou no papamóvel abençoando o povo, uma mulher começou a gritar insultos ao santo. O papa pediu que a retirassem da praça e após a audiência, rezou sobre ela por 30 minutos, fazendo um Exorcismo menor. O Padre Gabriele Amorth conta que se tratava de um caso muito difícil, onde a pobre mulher era assaltada pelo demônio 24 horas por dia. Naquele dia que o Papa rezou por ela, teve de exorcizá-la, pois o demônio ficou furioso com a oração o Papa sobre a ela.

Em vários sites na internet você encontra pessoas que não tem conhecimento da realidade da possessão demoníaca ou do Exorcismo afirmando que o Papa fracassou nas orações ou que não adiantaram as orações do Exorcista, Padre Gabriele Amorth. Nada mais falso! O que aconteceu foi que aquela mulher estava em um longo processo de libertação (a libertação não é instantânea) e o próprio Exorcista de Roma pediu à mulher para ir ver o Papa numa audiência para ajudar na sua libertação. Quando um Exorcista inicia os Exorcismos sobre um possuído, abandona-se à misericórdia de Deus. Raramente a pessoa fica liberta na primeira sessão de orações.

O outro caso que o Papa exorcizou no Vaticano foi na década de 70 e a pessoa foi levada a ele pelo servo de Deus, Candido Amantini, Patrono do Portal, Exorcista de Roma por mais de 30 anos e que faleceu em 1992 em odor de santidade.

Fonte: Catholicus
Wikipedia
Livro de memórias do Padre Gabriele Amorth

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