O perigo do Halloween

Conferência Episcopal Italiana

AGÊNCIA SIR

Halloween é uma festa perigosa? Falam os exorcistas: “Não é uma brincadeira inocente, mas um projeto contra o cristianismo”

31 de outobro de 2018

Riccardo Benotti

Para Padre Francesco Bamonte, presidente da Associação Internacional dos Exorcistas (AIE), “a recorrência de Halloween incluído o período de tempo que a prepara, é de fato para alguns jovens, um momento privilegiado de contato com realidades sectárias ou de algum modo ligadas ao mundo do ocultismo, com consequências também graves não só no plano espiritual, mas também no plano da integridade psicofísica”. E Aldo Buonaiuto, animador do Serviço antiseitas da Comunidade João XXIII, convida a “empenhar-nos intensamente nas paróquias e nas escolas para que emerja a componente anticristã deste fenômeno, sem o temor de ser etiquetados como beatos mas tendo sempre como bússola do próprio agir quotidiano estarmos radicados na Verdade”

Um volume de negócios que, em tempos de crise econômica, supera 250 milhões de euros e envolve até 17 milhões de italianos. É a festa de Halloween nos números fornecidos pela Confesercenti para 2017. E a tendência não parece ainda sofrer inversões. Mas é apenas um fenômeno comercial ou, atrás da noite das bruxas, se esconde algo mais? “Halloween entra num projeto mais vasto, fortemente apoiado pelos meios de comunicação que é não tanto aquele comercial, quanto aquele de induzir a opinião pública, em particular as crianças, os adolescentes e os jovens, a familiarizar com mentalidades ocultas e mágicas, estranhas e hostis à fé e à cultura cristã. Querem que diminua a visão cristã da vida e se torne àquela pagã”. A dar o alarme é Padre Francesco Bamonte, presidente da Associação Internacional dos exorcistas (AIE): “A minha experiência como aquela de outros exorcistas, mostra como a recorrência de Halloween incluído o período de tempo que a prepara, é de fato para alguns jovens, um momento privilegiado de contato com realidades sectárias ou de algum modo ligadas ao mundo do ocultismo, com consequências também graves não só no plano espiritual, mas também no plano da integridade psicofísica”.

Na mente dos mais jovens, explica Padre Bamonte, Halloween “imprime pelo menos a feiura. E imprimindo nas crianças a feiura, o gosto pelo horroroso, pelo deformado, pelo monstruoso posto no mesmo nível do belo, os orienta de algum modo ao mal. No Céu, onde reina só a bondade, tudo é belo. No Inferno, onde se respira só ódio, tudo é feio”. Segundo o exorcista, “as crianças têm necessidade de beleza, não de feiura, porque necessitam de bondade, não de maldade. E é a beleza que as ajuda a discernir entre aquilo que é bom e o que é mau”. Sobre isto, prosegue, reflitam

“as mães, os pais, os educadores e, sobretudo, quem continua não só a afirmar que Halloween é uma brincadeira inocente, mas até mesmo acusa de obscurantismo quem pões em relevo o seu forte valor negativo.

São obscurantistas aqueles que fazem conhecer às novas gerações os grandes benfeitores da humanidade, que são os Santos em cujo olhar se reflete a beleza do Céu, ou aqueles que adestram as novas gerações à cultura da morte, dessacram os símbolos da fé cristã e exalta, o macabro e o demoníaco?”.

Já é bem conhecido, afirma o presidente dos exorcistas segundo a sua experiência de ministério, que “a recorrência de Halloween é no calendário dos ocultistas, dos magos, dos operadores do oculto e dos cultores de satanás, uma das ‘festividades’ mais importantes pelo que é para esses motivo de grandíssimo prazer que a mente e os corações de tantas crianças, adolescentes, jovens e de não poucos adultos, mesmo que por brincadeira e divertimento, estejam voltados ao macabro, ao demoníaco, aos vampiros, aos fantasmas, à bruxaria, aos caixões de defunto, aos crânios, aos esqueletos e à irrisão zombeteira e sinistra do momento mais importante e decisivo da existência de um ser humano que é aquele da sua morte.

Poucos sabem, ademais, que os amantes de satanás, naquela noite, nos perversos ritos por eles realizados em sua honra, lhe oferecem as brincadeiras e as ‘energias’ de todos aqueles que, seja mesmo como diversão, sempre no entender dos satanistas, estão evocando implicitamente com aquela festa o mundo das trevas”.

Tudo isso não significa que aqueles que festejam o Halloween terão experiências negativas, mas “para os seguidores do maligno certamente é motivo de grande satisfação que tantas crianças, adolescentes, jovens e adultos, naquela noite estejam orientados não à maravilhosa luz e beleza de Deus, mas de algum modo ao mundo do mal. Eles estão convencidos que de tal modo se reforça o poder do maligno na sociedade e neles mesmos”.

Também Pe. Aldo Buonaiuto, animador do Serviço antiseitas da Comunidade João XXIII, põe em guarda da sedução de Halloween: “É a matriz esotérica a torna-la perigosa. Não se trata de uma recorrência leiga, como muitas vezes é apresentada, mas sim de um evento religioso no sentido negativo, uma operação paganizante que consegue camuflar-se atrás da aparente inocuidade do ‘brincadeiras ou gostosuras’”. Pe. Buonaiuto recorda que “as raízes de Halloween remontam à festividade céltica de Samhain durante a qual eram realizados verdadeiros e próprios ritos que compreendiam também sacrifícios humanos e que deviam servir para propiciar os espíritos malignos. Para a execução destes macabros rituais, eram usadas máscaras e eram feitas invocações. Elementos que se reapresentam também hoje na convicção que se trate apenas de uma brincadeira inocente. Infelizmente não é nada disso”.

Hoje o “lado escuro” de Halloween é mantido oculto para não quebrar o “brinquedo” comercial que se criou: “O dever dos pais, dos educadores, dos meios de comunicação e de nós sacerdotes é aquele de empenharmo-nos intensamente nas paróquias e nas escolas para que emerja a componente anticristã deste fenômeno, sem o temor de ser etiquetados como beatos mas tendo sempre como bússola do próprio agir quotidiano o estarmos radicados na Verdade”. Às crianças, conclui Pe. Buonaiuto, “em contraposição ao perigoso e vácuo divertimento proposto com Halloween, vai apresentada com convicção e credibilidade a beleza da mensagem cristã e, portanto, os valores da caridade, da solidariedade e da Santidade”.

Tradução: Monsenhor Dr.Rubens Miraglia Zani

plugins premium WordPress