O tema do exorcismo é recorrente nas produções cinematográficas. E os filmes que dedicam-se a essa temática são sempre polêmicos e, ao mesmo tempo, sucessos de bilheteria.
Recentemente, vimos o lançamento de diversas franquias que abordam o mal e transformam cenas horripilantes de narrações de possessão demoníaca e forças das trevas.
A franquia Invocação do Mal, do qual derivam os filmes “A Freira”, “Anabelle” e, mais recentemente, “A maldição da chorona” são exemplos de filmes de terror que tentam abordar a temática do maligno. “Invocação do mal” traz a história dos investigadores paranormais Ed e Lorraine Waren, que durante anos investigaram e participaram de centenas de casos envolvendo exorcismos reais.
O filme “Livrai-nos do mal” também trouxe para a cena a história de um policial de Los Angeles que se vê envolvido numa investigação para apurar vários crimes brutais cometidos por um assassino supostamente possuído. Para ajudá-lo, um sacerdote exorcista aparece e executa um ritual de exorcismo durante as cenas. “Stigmata”, o clássico “O Exorcista”, “Constantine” e tantos outros que abordaram e mostraram rituais de exorcismo. Mas, de fato, os filmes que mais chamam a atenção para a autenticidade em relação a um exorcismo real são dois: “O exorcismo de Emily Rose” e “O Ritual”.
Nesses filmes, a possessão demoníaca é abordada da maneira como a Igreja Católica entende ser o fenômeno e mostra cenas da prática do ritual sob os possuídos. Destaque para ambos, quando os sacerdotes munidos do ritual exorcizam os possuídos utilizando a fórmula do ritual romano dos exorcismos. Tanto um, quanto outro, possuem imprecisões quanto a aplicação do ritual, mas “O Ritual” possui um erro grave: no final do filme, mostra-se um seminarista praticando o ritual romano dos exorcismos, algo proibido pela Igreja. Em “O exorcismo de Emily Rose”, o acusado por negligência Padre Richard Moore é pego com frequência tendo acessos de medo por conta do ritual que terá de aplicar à jovem possuída Emily Rose. Os exorcistas são unânimes em afirmar: um padre que inicia o ritual com medo já está derrotado!
Na vida real lida-se com algo que nunca é abordado nos filmes: o sofrimento real das pessoas e os problemas que a possessão pode lhes causar. Além disso, há o descrédito, a falta de fé e as perseguições que tanto padres como fiéis são submetidos por acreditar na possessão.
Mas as coisas estão começando a mudar no Brasil.
