Arcebispo de Chicago proíbe que Presidente da Câmara dos EUA receba comunhão

Os dias em que vivemos são maus. Dizia o saudoso Padre Gabriele Amorth, antigo exorcista de Roma que “quando os pecados mortais passam a ser tratados como normais, então é a hora de nos preocuparmos”.

A Presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, decidiu empreender uma campanha pública feroz a favor do aborto. Como católica, ultrapassou a linha do aceitável e cometeu um grave pecado de maneira deliberada e consciente. Após tentar falar com ela diversas vezes sem sucesso, o Arcebispo de Chigago decidiu impor-lhe uma grave sansão:

“Depois de inúmeras tentativas de falar com ela para ajudá-la a entender o grave mal que ela está cometendo, o escândalo que ela está causando e o perigo para sua própria alma que ela está arriscando, eu determinei que chegou o ponto em que devo fazer uma declaração pública de que ela não deve ser admitida na Sagrada Comunhão a menos e até que ela repudie publicamente seu apoio aos ‘direitos’ ao aborto e confesse e receba a absolvição por sua cooperação neste mal no sacramento da Penitência”. [1]

A esse respeito e explicando a situação, o Padre espanhol Juan Manuel Góngora disse sobre negar a santa comunhão:

“Qualquer sacerdote pode negá-la quando há circunstâncias apropriadas e é um dom que deve ser recebido em estado de graça. Mas é claro que, para os incautos, a história da vitimização é mais interessante”. [2]

A Constituição Dogmática Lumen Gentium [3] explica, a respeito do poder dos bispos:

“[…] governam as Igrejas particulares que lhes são confiadas por seus conselhos, exortações, exemplos, e até mesmo por sua autoridade e poder sagrado, que, de fato, eles usam apenas para a edificação do rebanho na verdade e santidade, lembrando que aquele que é maior deve tornar-se o menor e aquele que é o chefe deve ser o servo … Em virtude deste poder, os bispos têm o direito sagrado e o dever perante Senhor para fazer leis para seus súditos, para julgá-los e moderar tudo o que diz respeito à ordenação do culto e ao apostolado”.

A decisão do Arcebispo não foi tomada sem uma firme reflexão e sem tentar os meios necessários ao diálogo. Ele explicou que a tomou de acordo com as leis da Santa Igreja:

“Não sejam admitidos aqueles que foram excomungados ou interditados após a imposição ou declaração da pena e outros obstinadamente perseverantes em pecado grave manifesto à Sagrada Comunhão”. [4]

E continua:

“Infelizmente, a posição do presidente Pelosi sobre o aborto tornou-se apenas mais extrema ao longo dos anos, especialmente nos últimos meses”, disse o arcebispo em seu comunicado”. [5]

Oremos para que o nosso mundo compreenda o valor da vida e da nossa alma.

Referências

[1] Carta do Arcebispo de 20 de maio de 2022.
[2] Aos seus seguidores na rede social Twitter.
[3] Constituição Dogmática Lumen Gentium
[4] Cânon 915 do Código de Direito Canônico.
[5] Matéria do National Catholic Register

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