As sessões de exorcismo Anneliese Michel

O exorcista de Anneliese escolhido por Dom Josef Stangl foi o Padre Wilhelm “Arnold” Renz, que ficou mundialmente conhecido como “Padre Renz”. Salvatoriano, foi missionário na China e nasceu próximo ao Lago Constança, no sul da Alemanha, em 1911. Estudou na Polônia e quando foi a China, foi expulso de lá pelos comunistas, em 1952. Tratava-se um padre piedoso, inteligente e caridoso e profundamente conectado com os escritos e Barbara Weigand (uma mística alemã e terciária franciscana). Renz era um sacerdote que conhecia suas limitações no campo do exorcismo e buscou no especialista e expert Padre Rodewyk o conhecimento de que necessitava para exorcizar Anneliese. Tendo lido seu livro “Exorcismo hoje”, ainda sem tradução para o Português, enquanto aguardava oficialmente a autorização por parte do bispo Stangl para exorcizar Anneliese, leu também outra obra importante do Padre Rodewyk, chamada “Exorcismo de acordo com o Ritual Romano”, também sem tradução para o Português. A autorização para os exorcismos chegou em 23 de setembro de 1975.

  • O primeiro exorcismo foi rezado em 24 de setembro de 1975, por volta das quatro horas da tarde. Eis os sinais que Anneliese manifestou:
  • Reagiu violentamente a aspersão da água benta;
  • Rosnou, enfureceu-se e seu corpo tremeu e se contorceu quando o Padre Alt fez o sinal da Renz fez o sinal da cruz e lhe aspergiu água benta;
  • Sua expressão facial de ódio foi testemunhada por todos;
  • Não perdeu a consciência de suas ações e ouvia tudo que os demônios falavam através dela, diferente de alguns casos documentados em que a pessoa perdia a consciência;
  • Em um momento posterior, o Padre Alt (seu pároco) questionou-lhe o que estava vendo durante o exorcismo, ao passo que esta respondeu: “Eu apenas via, e não tinha influência sobre o que estava acontecendo. Estou apenas em segundo plano, observando.”
  • Três homens seguraram Anneliese, enquanto ela tentava morder e chutar todos que estavam auxiliando no exorcismo;
  • Em alguns momentos, gritou e uivou como um cão;
  • Gritou repetidamente, referindo-se à água benta: “Guarde essa merda” ou “Pare com essa merda!”;
  • Em todas as perguntas constantes no Ritual, manteve-se em silêncio, como “qual o seu nome?”, “qual o motivo da possessão?”, quando você vai embora?”;
  • Repetidas vezes, o Padre Renz rezou as orações do Ritual e chamou pela intercessão da Santíssima Virgem e da Santíssima Trindade, dos anjos, santos para expulsar os demônios de Anneliese;
  • A primeira sessão durou aproximadamente três horas e meia.

A primeira sessão não foi gravada. Os exorcismos passaram a ser gravados a partir de 29 de setembro.

A fim de mostrar do Bispo Stangl o que se passava durante os exorcismos, o Padre Alt produziu duas fitas, ressaltando o que era mais importante daquelas sessões, e posteriormente, com autorização de Anneliese, essas fitas foram colocadas para o que o Bispo as ouvisse.

Interessante frisar um ponto que algumas vezes eu mesmo testemunhei em exorcismos de possessos: diante dos meus olhos, enquanto auxiliava, muitas vezes tive a impressão de ver o possesso ser como que sacudido por alguém ou até mesmo, empurrado para trás por alguém. O Padre Alt testemunhou esse fenômeno durante as orações do Ritual Romano. Certa vez, recordo-me de ter presenciado uma espécie de parede invisível, que impedia o possesso de atacar o exorcista. Parecia que na frente dele, havia essa parece que ao colocar a cabeça contra o ar, não conseguia ir mais a frente.

De fato, é impossível negar que todas essas coisas impressionam quem quer que seja, por mais que esteja cético acompanhando um exorcismo de um possesso real do demônio. São sinais que tiram a atenção e, não raras as vezes, distraem e assustam os desavisados. Reflito em casos que vi nesses anos, já no século XXI. Imaginemos como não era nos exorcismos de Annelise, na década de 70, do século passado.

Tudo o que foi testemunhado pelos presentes serviu apenas para uma coisa: confirmar o caráter sobrenatural do que Annelise sofria. Todos estavam convencidos de que ela estava possuída por uma entidade malévola que causava todos os seus males, mas que sua alma estava preservada.

Fonte: Anneliese Michel: a verdadeira história de uma possessão demoníaca.

plugins premium WordPress