Bispo brasileiro diz: “O demônio tem mais o que fazer, não fica atrás das pessoas!”

Os dias em que vivemos são cada vez mais estranhos. Em se tratando da fé, nada mais nos surpreende dada a grande quantidade de fatos novos que acontecem todos os dias: são profanações dos sacramentos, das Igrejas, da fé, dos ministros sagrados e porque não dizer, até dos próprios ministros sagrados.

Desde que o Portal de Cura e Libertação foi lançado na Internet, não são poucos os casos de pessoas que nos procuram para pedir ajuda sobre como encontrar um Sacerdote Exorcista da Santa Igreja. A grande maioria delas não precisa dessa ajuda, pois graças a Deus não está possessa, mas infelizmente, há casos em que essa ajuda é necessária.

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A possessão demoníaca existe e a existência do demônio é atestada pelo próprio Jesus nas escrituras. Lembremos o que o Senhor disse aos 72 discípulos quando, após dar-lhes poder sobre os espíritos imundos, voltaram felizes pela força que haviam recebido:

“Voltaram alegres os setenta e dois, dizendo: “Senhor, até os demônios se nos submetem em teu nome!”. Jesus disse-lhes: “Vi Satanás cair do céu como um raio. Eis que vos dei poder para pisar serpentes, escorpiões e todo o poder do inimigo. Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos estão sujeitos, mas alegrai-vos porque os vossos nomes estejam escritos nos céus”.” [1]

O Catecismo da Igreja Católica não deixa nenhuma dúvida a respeito da existência do demônio:

“Por detrás da opção de desobediência dos nossos primeiros pais, há uma voz sedutora, oposta a Deus, a qual, por inveja, os faz cair na morte. A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo decaído, chamado Satanás ou Diabo. Segundo o ensinamento da Igreja, ele foi primeiro um anjo bom, criado por Deus.Diabolus enim et alii daemones a Deo quidem natura creati sunt boni, sed ipsi per se facti sunt mali’ – De fato, o Diabo e os outros demônios foram por Deus criados naturalmente bons; mas eles, por si, é que se fizeram maus.” [2]

A existência do demônio não deveria ser motivo de discussão dentro da Igreja. Compreensível é se o fosse fora dela, mas não dentro dela e nem por parte da nossa hierarquia eclesiástica.

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São João Paulo não só falou do demônio como fez exorcismos, inclusive dentro do Vaticano. O Papa Francisco tem falado reiteradas vezes sobre a existência do diabo e sua ação destruidora em nosso mundo. Mas ainda assim, encontramos bispos e padres que se recusam a acreditar no ensinamento do evangelho e na doutrina da Santa Igreja. Em tempos de cismas, como vemos caminhar a Igreja da Alemanha, devemos olhar com atenção certas coisas que estão acontecendo.

Recentemente, recebemos o relato de um Sacerdote Exorcista devidamente autorizado pela Santa Igreja para exercer o ministério.

Trata-se de um Padre idôneo, como prescreve o Código de Direito Canônico que esse Sacerdote deve ser:

“Ninguém pode legitimamente exorcizar os possessos, a não ser
com licença especial e expressa do Ordinário do lugar.
§ 2. Esta licença somente seja concedida pelo Ordinário do lugar a um presbítero dotado de piedade, ciência, prudência e integridade de vida.” [3]

 

Esse Sacerdote, além de tudo, é membro da AIE [4] e como sabemos, é o perito da Diocese para análise dos casos de possessão.

Contou-nos o Sacerdote que está atendendo um caso grave, de uma vítima de malefícios, que apresenta sinais de possessão diabólica, conforme os sinais que preceitua o Ritual Romano dos Exorcismos.

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A possessa, que chamaremos de “P”, não pertence à sua Diocese e mora há quilômetros de distância de onde ele exerce o seu ministério. Trata-se de uma pessoa que já visitou os Médicos Psiquiatras e os Psicólogos e por eles foi atestada como uma pessoa absolutamente normal, sem nenhum problema clínico. Voltando-se para a Igreja, procurou o auxílio do Exorcista e como na sua Diocese não havia um, encontrou na Diocese mais próxima, que fica há quilômetros de distância da sua residência.

O Sacerdote, experimentado, ao analisar o caso e rezar com ela, descobriu a possessão. Fez dois exorcismos, mas como a pessoa precisa deslocar-se de uma grande distância para encontrá-lo – além de não conseguir ir sozinha, precisar ser levada por parentes -, sugeriu que ela procurasse o Bispo em sua própria Diocese, a fim de que ele tomasse conhecimento de seu caso nomeasse um Sacerdote para exorcizá-la. Tamanha foi a surpresa dessa pobre alma, quando ao encontrar o Bispo diocesano e lhe contar o que acontecia, tendo já o diagnóstico de um Exorcista oficial, foi ridicularizada e tratada com desdém como se não tivesse nada.

Relatou, com muita tristeza, seu contato com seu Bispo para tratar do seu caso:

“Ao procurar o bispo da diocese de XXXX*, Dom XXXXX** para informar sobre os sintomas, o mesmo ressaltou que o Demônio tem mais o que fazer e que não fica atrás das pessoas.”

“P” é uma pessoa inteligente, graduada e mestrada. É doutoranda em uma grande Universidade do Brasil, mas por conta da grave possessão do demônio, não consegue prosseguir os estudos. Sente alguns sintomas estranhos que não consegue explicar e que não possuem causas clínicas encontradas:

“[…]gemidos ao colocar água benta ou qualquer objeto banhado de água benta em meu corpo, peso nas costa, braços e coxas, dentre outros…”[5]

Infelizmente, relatos como o de “P” são comuns de serem encontrados nos dias de hoje. Nós, aqui no Portal, recebemos vários. Não acreditamos facilmente em qualquer pessoa que diga estar possuída, mas o testemunho ganha relevância quando um Sacerdote Exorcista oficial acompanha a pessoa, atesta a possessão e mesmo assim essa pessoa não encontra o auxílio da sua Igreja particular, que é a sua Diocese.

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A Igreja é clara sobre a função do Exorcista na Diocese. Cada Diocese de mundo deveria ter um Sacerdote nomeado para essa função. Isso tem sido, inclusive, abordado pelo Santo Padre em seus discursos. Falando aos sacerdotes reunidos com a Penitenciária Apostólica no ano de 2017, o Papa afirmou que o confessor não deve hesitar em consultar, em sua respectiva diocese, exorcistas (…) escolhidos com muito cuidado e prudência.

Contudo, a realidade do Brasil – que começou a mudar nos últimos anos – ainda é assustadora. Das mais de 300 Dioceses, pouco menos de 30 delas possuem Sacerdotes Exorcistas oficiais. Casos como o de “P” são cada vez mais frequentes, mas cremos em Jesus que a situação começa a mudar.

Tenhamos fé no Deus da vida!

Deus nos abençoe.

 

Referências

[1] Lucas 10, 17-20.
[2] Catecismo da Igreja Católica, nº 391.
[3] Código de Direito Canônico, nº 1172.
[4] Associação Internacional dos Exorcistas, com sede em Roma.
[5] Testemunho enviado por uma possessa através de e-mail e que passa por Exorcismos com Sacerdote autorizado fora de sua Diocese.

* Estamos omitindo o nome da Diocese para não expor ninguém à execração pública. Amamos a Igreja e não queremos ser motivos de discórdias, mas é preciso denunciar o erro, pois as almas são caras à Jesus.
** Estamos omitindo o nome do Bispo para não expor ninguém à execração pública. Amamos a Igreja e não queremos ser motivos de discórdias, mas é preciso denunciar o erro, pois as almas são caras à Jesus.

 

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