Caso Henry: nossa sociedade precisa da cura que só Jesus pode dar

A cada tragédia anunciada, percebemos o quanto nosso mundo está distante de Deus.

A palavra de Deus nos ensina que “Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele”. (Cf. I Jo 4, 16) 

Diante de tal afirmação categórica, é possível deduzir que a essência de Deus é amor e para que estejamos em consonância com a Sua santa vontade, é preciso amar. Sem amor, não há que se falar em permanecer em Deus e nem, tampouco, que Ele esteja presente em nós ou em nossas ações. Amar atrai o coração de Deus!

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Deus não é ódio. Ele não pode estar presente em ações que propaguem a guerra, a fúria, a maldade. Deus é o Criador de todas as coisas, mas não da maldade, do ódio, do egoísmo. Para estar com Deus é necessário estar e permanecer no amor, do contrário, é possível dizer com toda a certeza: Deus não se fará presente nos corações com atitudes que gerem a morte, ou propaguem o egoísmo, a fúria, a maldade.

A cada ano, parece que estamos nos acostumando com a decadência moral em que se encontra a nossa sociedade. Aguardamos, estupefatos, qual será a próxima tragédia que tomará os noticiários e chocará a nação, trazendo a tristeza para dentro de nossas casas.

A situação torna-se ainda mais dramática quando somos constantemente incentivados a ficar dentro de nossas casas acreditando que dentro delas, estaremos a salvo. Mas a segurança pode não estar dentro do lar, infelizmente.

Hoje, o Brasil acorda mais triste com a revelação da morte brutal do menino Henry, de apenas quatro anos, filho de uma família desestruturada, onde pai e mãe optaram pela separação e o novo padrasto – que já demonstrava traços violentos e de psicopatia – foi preso junto com a própria mãe do garoto, acusado de tê-lo espancado até a morte.

A mãe, contam as investigações, após o enterro do menino, foi ao salão de beleza. O padrasto, que as investigações apontam para que seja o autor do assassinato da criança inocente, tentou manipular a cena do crime, coagir testemunhas e esconder os fatos. Tudo isso com a anuência da mãe, que mentiu à polícia para proteger o assassino, mesmo tendo sido informada pela babá das agressões que o filho sofria.

Diante de um crime tão brutal, somos obrigados a nos questionar: De que forma estamos protegendo os nossos pequeninos?

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Jesus nos alertou sobre o amor que devemos ter para com as crianças, que são indefesas e puras de coração:

Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: ‘Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos Céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos Céus. E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe. Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequenos que creem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar.” (Cf. Mt 18, 2-6)

As crianças tem sido tratadas de maneira cruel no mundo em que vivemos. São maus exemplos, ausência da transmissão da fé por parte dos pais, catequese inábil, poucos testemunhos familiares. Assim, acompanhamos como crescem cada vez mais perdidas, sem base familiar ou testemunhos de amor que levem a Jesus, nosso Senhor.

O casamento, que é o sacramento do amor, cada vez mais é desacreditado pela sociedade e muitos de nós, que casados somos, contribuímos para que ele se torne obsoleto.

O rito do matrimônio possui uma etapa muito importante: o compromisso que os noivos assumem, perante Deus, de criar os filhos que Ele os enviar e educá-los na fé da Igreja Católica Apostólica Romana, que professamos. É uma promessa importantíssima e que não pode ser esquecida. Mas não é assim que se tem procedido.

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Nos últimos anos, casos famosos nos mostram como as nossas famílias estão desestruturadas, a citar: Suzane Richthofen e os Irmãos Cravinhos e Isabela Nardoni.

A falta de base familiar torna cada vez mais urgente que prossigamos insistindo na importância da prática da fé, do exemplo cristão. Não uma vida dupla, ou mentirosa, que só procura agradar ao homem, mas não a Deus.

O exemplo cristão passa por nós, que devemos aprender a enfrentar as mazelas da vida, superando as dificuldades no amor, na compreensão e no perdão. A vida cristão é uma luta diária, pois Jesus também nos alertou sobre isso:

“Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo, haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.” (Cf. Jo 16, 33)

O mundo precisa da cura de Deus. Precisamos ser curados para conhecermos o verdadeiro amor.  A indiferença, o egoísmo, a falta de compaixão e a violência fizeram com que nos tornássemos cegos.

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Estamos na oitava de Páscoa, celebrando a ressurreição de Jesus. Que essa cena do evangelho possa provocar em nós o senso de que é preciso reagir. Ele morreu, mas ressuscitou e nós não podemos viver como mortos:

“Entretanto, Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro. Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles lhe perguntaram: “Mulher, por que choras?”. Ela respondeu: “Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram”. Ditas essas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. Perguntou-lhe Jesus: “Mulher, por que choras? Quem procuras?”. Supondo ela que fosse o jardineiro, res­pondeu: “Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”. Disse-lhe Jesus: “Maria!” Voltando-se ela, exclamou em hebraico: “Rabôni!” (que quer dizer Mestre). Disse-lhe Jesus: “Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado.” (Cf. Jo 20, 11-18)

Que a ressurreição do Senhor desperte o nosso coração para uma vida nova, em Cristo Jesus e que Ele acolha a alma do anjinho Henry e de tantos outros que partiram marcados pela violência e a falta de amor.

Deus nos abençoe a todos!

 

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