Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus, seres formados não só de corpo, mas de alma e espírito. Quando falamos de cura, não falamos só do corpo mas também da alma que vive dentro dele e do espírito. Para que a cura do corpo possa acontecer, precisamos da cura da alma, da cura de dentro, da cura interior. O Senhor quer nos santificar em Espírito, Alma e Corpo.
“Que o próprio Deus da paz vos santifique inteiramente, e que todo o vosso espírito, alma e corpo seja guardado irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo!”1 Ts 5,23.
A alma está ligada ao mundo espiritual através do espírito e ao mundo material através do corpo. É por meio da alma que temos consciência de nós mesmos. Por fim, temos o nosso corpo, que é a maneira como nos relacionamos com o mundo exterior. Sendo assim, o nosso corpo reflete o estado de nossa alma.
“Um coração contente alegra o rosto; com a tristeza, o espírito se abate” Pr 15,13.
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Com o pecado o inimigo deturpou o plano original de Deus para nós, nos fez perder o céu. Como nos ensina a palavra de Deus em 2Tm 3,2-3
“As pessoas serão egoístas, avarentas, presunçosas, soberbas, difamadoras, rebeldes a seus pais, ingratas, ímpias, sem coração, implacáveis, caluniadoras, incontinentes, desumanas, inimigas do bem”.
Somente o Senhor sabe nossas intenções e nossos pensamentos. Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais Ele revela seu plano original e mostra aquilo que não deveria estar em nós. Em nossa vida, alguns sentimentos e pensamentos lançados por Satanás, como o orgulho, amargura, medo, ressentimento, insegurança, ódio, dentre outros vão causando feridas em nossa alma. O inimigo sabendo disso age em cima dessas feridas, nos impedindo de seguir os planos de Deus para nós. Quem cura é Jesus, mas para a cura interior acontecer de fato, precisa-se vencer as barreiras do nosso racional.
Negar que precisamos de ajuda não querendo olhar para nossos problemas, muitas vezes por medo de ter que enfrentá-los e mudar de vida, é uma barreira que criamos para a ação de Deus. Não devemos transferir a culpa de nossos problemas ao outro, mas sim assumir nossas responsabilidades. Precisamos reconhecer que estamos feridos e que ferimos outras pessoas, sempre lembrando que não há ferida que Deus não possa sarar. Depois de reconhecer que precisamos de cura, o primeiro passo é o arrependimento e o perdão.
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Para a cura interior acontecer precisamos de perdão e perdoar aquele que nos feriu. Quando nos arrependemos e pedimos perdão somos curados:
“Se confessarmos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” 1 Jo 1,9.
Busquemos, pois, o sacramento da confissão, que Deus nos dá para nos ajudar a perdoar e sermos curados.
“Confessai, pois, uns aos outros, os vossos pecados, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A oração fervorosa do justo tem grande poder.” Tg 5,16
A cura interior faz parte de um processo de amadurecimento da fé. Somente em Jesus encontramos verdadeira cura interior porque Ele é a verdade e a verdade nos liberta (Jo 14,6):
“Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades: o castigo que nos salva pesou sobre ele, fomos curados graças às suas chagas.” Is 53, 4-5
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Reconhecendo que precisamos andar com e como Jesus, sentiremos necessidade de sermos sarados, pois onde há luz não há trevas. Devemos fechar todas as nossas feridas, pois são brechas para o inimigo agir e, em seguida, preenchê-las com o Espírito Santo para que não sobre espaço algum para o mal. Uma alma curada permite uma caminhada mais leve!
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu julgo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós, pois o meu julgo é suave e o meu fardo é leve” Mt 11, 28-30.
Ocupar-se das coisas de Deus é preencher o nosso coração do Seu amor:
“Devemos nos ocupar de Deus, pois de outro modo, como faremos para O conhecer e amar?”
Padre Gabriele Amorth, O sinal do Exorcista p.179.