Decálogo do Bom Pai

Título original: Un decalogo per il papà

Fonte: Amici di Lazzaro, 15/01/2015

Publicado em BastaBugie n. 387

Tradução: Monsenhor Rubens Miraglia Zani

O pai é a presença que dá segurança, um modelo de amor e perdão que espelha s imagem de Deus

01. O PRIMEIRO DEVER DE UM PAI PARA COM SEUS FILHOS É AMAR A MÃE DELES.

A família é um sistema que se sustenta sobre o amor. Não aquele pressuposto, mas aquele real, efetivo. Sem amor é impossível sustentar a longo as solicitações da vida familiar. Não se pode ser pais “por dever”. E a educação é sempre um “jogo de equipe”. No casal, como com os filhos que crescem, um acordo profundo, uma íntima união dão prazer e promovem o crescimento, porque representam uma base segura. Um pai pode proteger a mãe dando-lhe ocasião para repousar e encontrar um pouco de espaço para si mesma, assumindo com ela as tarefas do lar.

02. O PAI DEVE SOBRETUDO SER PRESENTE.

Uma presença que significa “vocês são o primeiro interesse da minha vida”. Afirmam as estatísticas que, em média, um pai transcorre menos de cinco minutos por dia de modo autenticamente educativo com os próprios filhos. Existem pesquisas que têm demonstrado um nexo entre a ausência do pai e o baixo aproveitamento escolar, o baixo quociente de inteligência, a delinqüência e a agressividade. Não é questão de tempo, mas de efetiva comunicação. Ser presente, para um pai quer dizer falar com os filhos, discorrer sobre o trabalho e os problemas, fazê-los participar o mais possível da sua vida. É também aprender a notar todos aqueles pequenos e grandes sinais que os filhos enviam continuamente.

03. O PAI É UM MODELO, QUER QUEIRA OU NÃO.

Hoje a figura do pai tem uma enorme importância como apoio e guia do filho. Em primeiro lugar como exemplo de comportamentos, como estímulo a escolher determinadas condutas de acordo com os princípios de correção e civilidade. Em poucas palavras, como modelo de honestidade, de lealdade, de trabalho e de benevolência. Ainda que não o demonstrem, ainda que até cheguem a negar, os filhos estão muito atentos àquilo que o pai faz, às razões pelas quais o faz. A demonstração disso que chamamos “consciência” tem um notável peso quando vem dada pela figura paterna.

04. UM PAI DÁ SEGURANÇA

O pai é um guarda. Todos em família esperam proteção do pai. Um pai protege também impondo regras e limites de espaço e de tempo, dizendo de tanto em tanto “não”, que é o modo melhor para comunicar: “eu cuido de você”.

05. O PAI ENCORAJA E DÁ FORZA

O pai demonstra o seu amor com a estima, o respeito, a escuta, a aceitação. Tem a verdadeira ternura de quem diz: “Qualquer coisa que aconteça, eu estou aqui!”. Daqui nasce nos filhos aquela atitude vital que é a confiança em si mesmos. Um pai está sempre pronto para ajudar os filhos, a compensar os pontos fracos.

06. O PAI RECORDA E CONTA

Paternidade é ser a ilha acolhedora para os “náufragos do dia”. É fazer de qualquer momento particular – o jantar, por exemplo – um ponto de encontro para a família, onde se possa conversar em um clima sereno. Um bom pai sabe criar a magia das lembranças, através de pequenos rituais do afeto. No passado o pai era o portador dos “valores”, e para transmiti-los aos filhos bastava impor-lhes. Agora é preciso demonstrá-los. E a vida moderna nos impede de fazê-lo. Como se faz para demonstrar alguma coisa aos filhos quando não se tem nem mesmo o tempo de falar com eles, de estar junto tranqüilamente, de trocar idéias, projetos, opiniões, de expor esperanças, alegrias ou desilusões?

07. O PAI ENSINA A RESOLVER OS PROBLEMAS

Um pai é o melhor passaporte para o mundo “de fora”. O ponto sobre o qual influi fortemente o pai é a capacidade de domínio da realidade, a capacidade para afrontar e controlar o mundo no qual se vive. Elemento também este que contribui não pouco à estruturação da personalidade do filho. O pai é a pessoa que dá aos filhos o mapa da vida

08. O PAI PERDOA

O perdão do pai é a qualidade maior, mais esperada, mais sentida por um filho. Um jovem confinado em uma prisão para menores confidencia: “Meu pai sempre foi frio de amor e de compreensão comigo. Quando eu era pequeno me amava muito; mas um dia eu cometi um erro; desde então ele não teve mais a coragem de se aproximar de mim e me beijar como fazia antes. O amor que nutria por mim desapareceu: eu tinha uns treze anos… Tirou-me o afeto justamente quando tinha extremamente necessidade dele. Não tinha ninguém a quem confidenciar os meus sofrimentos. A culpa é também sua se acabei assim em baixo. Se estivesse no seu lugar, teria me comportado diversamente. Não teria abandonado o meu filho no momento mais delicado da sua vida. Eu o teria encorajado a retornar sobre o caminho reto com a compreensão de um verdadeiro pai. A mim faltou tudo isto”

09. O PAI É SEMPRE O PAI

Mesmo se vive longe. Todo filho tem o direito de ter o seu pai. Ser negligenciado ou abandonado pelo próprio pai é uma ferida que não cicatriza jamais.

10. O PAI É IMAGEM DE DEUS

Ser pai é uma vocação, não só uma escolha pessoal. Todas as pesquisas psicológicas dizem que as crianças se fazem a imagem de Deus a partir do modelo do seu próprio pai. A oração que Jesus nos ensinou é o Pai Nosso. Uma mãe que reza com os próprios filhos é uma coisa bela, mas quase normal. Um pai que reza com os próprios filhos deixará neles uma marca indelével.

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