“Eu não acredito em Bruxas…, mas que elas existem, existem!”

O episódio mundialmente conhecido da série de comédia mexicana Chapolin Colorado exibido em 1976 e chamado de “A Bruxa Baratuxa” é uma paródia que remonta ao charlatanismo.

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Ao longo do episódio, é possível ouvir frases recheadas de ironia, como quando a pobre mocinha, tomada pelo medo, diz ao Chapolin Colorado que a Bruxa Baratuxa é muito poderosa, já que dizem que ela até “dobra colheres”. O herói vermelhinho, ao escutar a jovem, rapidamente responde: “Para que? Bem, assim é: mal se iniciam na magia e começam a fazer coisas inúteis”.

A cena narrada é uma sátira para relembrar que existem pessoas que se utilizam de práticas enganosas para seduzir as pessoas e aproveitarem-se delas. Mas existem situações em que não há sátiras, nem comédia, nem falsas invocações: a bruxaria é, em menor ou maior grau, uma obra de demônio.

Leia o artigo do Exorcista de Washington sobre um caso de possessão envolvendo bruxaria

A bruxaria é composta por um conjunto de práticas ocultistas que visa colocar as pessoas em contato com poderes ocultos, a fim de que realizem os seus desejos – bons ou maus –, satisfazendo suas próprias vontades. Esses poderes ocultos, como sabemos, podem vir do próprio demônio.

Os rituais de bruxaria, não raras as vezes, invocam com o consentimento do Bruxo que deles se utiliza, demônios pelos seus próprios nomes. Vários filmes hollywoodianos abordam a questão, demonstrando em suas cenas graves rituais que podem levar as pessoas a exporem-se aos perigos espirituais, abrindo as portas para a possessão diabólica.

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O filme “Jovens Bruxas” (1996) nos traz um exemplo de invocação de rituais ocultistas, quando em uma das cenas do filme realiza com as quatro protagonistas um círculo de invocação dos poderes dos quatro elementos. A cena é utilizada no vídeo de alerta sobre o Halloween, produzido pelo Portal.

A história do filme mostra quatro garotas jovens que desejam obter o poder de “Manon” (“Mamom”) para si, transformando-se em verdadeiras bruxas. Uma delas já possui uma predisposição espiritual, por ter desenvolvido mediunidade. Poucas pessoas têm a preocupação em aprofundar o assunto, mas a entidade doadora dos “poderes” que as jovens invocam no filme é na verdade um demônio, invocado por ocultistas para obter riqueza e prosperidade. Em outras cenas do filme, as jovens afirmam ter o interesse em que “Mamon as preencha”, fazendo invocações diretas a ele, desejando receber poderes especiais. O filme, como se sabe, foi sucesso de bilheteria.

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A bruxaria moderna iniciou um movimento de ressurgimento no ano de 1978, com a notícia de um “casamento bruxo”, com ritual próprio. Os eventos e divulgações de atividades de bruxaria começaram a estampar manchetes de jornais e revistas.

O Professor Emérito de História da Universidade da Califórnia, Jeffrey Burton Russell nos ensina a respeito:

“Notícias e reportagens sobre casamentos e sabás de bruxas aparecem com cada vez mais frequência nos jornais, na televisão e em livros populares. Diversos novos jornais e revistas dedicam-se total ou parcialmente à bruxaria. Vários milhares de bruxas estão em atividade na Grã-Bretanha, talvez dez mil na América do Norte e outras mais em todo o mundo. Bruxas foram assassinadas na Alemanha. O cinema e a televisão têm sido pródigos em produzir retratos sombrios da bruxaria. Anúncios são publicados em jornais e revistas com ofertas para divulgar os segredos da bruxaria e para treinar novas bruxas (mediante honorários).” [1]

 

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A fé da santa Igreja sempre foi unânime em demonstrar a incompatibilidade das práticas ocultistas de bruxaria e a fé cristã. Tais atividades, são proibidas pelo nosso Deus em sua santa palavra:

 

“Quando tiveres entrado na terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não te porás a imitar as práticas abomináveis da gente daquela terra. Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia ou à invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti essas nações. Serás inteiramente do Senhor, teu Deus.” [2]

 

“Aquele que oferecer sacrifícios a outros deuses fora do Senhor, será votado ao interdito.” [3]

 

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina:

 

Todas as práticas de magia ou de feitiçaria, pelas quais se pretende domesticar os poderes ocultos para os pôr ao seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo – ainda que seja para lhe obter a saúde – são gravemente contrárias à virtude de religião. Tais práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas da intenção de fazer mal a outrem ou quando recorrem à intervenção dos demônios. O uso de amuletos também é repreensível. O espiritismo implica muitas vezes práticas divinatórias ou mágicas; por isso, a Igreja adverte os fiéis para que se acautelem dele. O recurso às medicinas ditas tradicionais não legitima nem a invocação dos poderes malignos, nem a exploração da credulidade alheia”. [4]

 

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O que fazer se eu tive envolvimento com práticas de magia e bruxaria?

A primeira coisa a se fazer é buscar o arrependimento sincero da falta cometida e em seguida, procurar um sacerdote para realizar uma boa confissão.

As práticas de magia e bruxaria são pecados contra o 1º mandamento da Lei de Deus, “Amar a Deus sobre todas as coisas”. Em seguida, após realizar a penitência imposta pelo sacerdote, é imprescindível realizar uma boa oração de renúncia.

Clique aqui para acessar a página de orações do Portal e encontrar uma Oração de Renúncia!

Muitas pessoas acreditam que devem procurar um Sacerdote Exorcista unicamente pelo fato de terem participado de uma sessão de magia ou de invocação de poderes ocultos. Mas, na maioria dos casos, isso não é necessário.

O arrependimento sincero, a vontade de reparar os erros cometidos, uma boa oração de renúncia e uma vida nova em Deus nosso Senhor, resolvem a grande maioria dos casos. Mas existem casos em que acontecerão sinais extraordinários e para esses, após a análise inicial do pároco da pessoa, se for conveniente, este indicará o caso ao Exorcista Diocesano, que não havendo na Diocese, deverá ser encaminhado o caso ao Ordinário local (Bispo).

Deus nos abençoe.

 

Referências

[1] A história da Bruxaria, Jeffrey Burton Russel  Brooks Alexandre, p. 171 Ed. Aleph, 2ª edição, 2019.

[2] Cf. Deuteronômio 18, 9-13.

[3] Cf. Êxodo 22, 19.

[4] Catecismo da Igreja Católica, nº 2117.

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