Recentemente, recebemos um e-mail de um dos nossos leitores com um questionamento a respeito da situação do processo de beatificação e canonização do saudoso Padre Rufus Pereira (1933-2012). Também fomos questionados sobre o que a Associação Internacional dos Exorcistas estava fazendo para que esse processo fosse iniciado ou realizado.
Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que a Associação nada pode fazer em relação a um processo de beatificação e canonização. Como no caso do Servo de Deus Padre Candido Amantini, há um procedimento na Igreja que deve ser seguido.
Quando um homem ou mulher de Deus falece e se diz que morreu “em odor de santidade”, a primeira coisa a se fazer – pelas leis vigentes na Igreja hoje – é aguardar o prazo de 5 anos da sua morte para que um processo de beatificação seja iniciado. Esse processo caminha de mãos dadas com o de canonização, já que após o primeiro acontecer, segue-se o outro. Para ambos, faz-se necessário a comprovação de um milagre.
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A primeira a se pronunciar, deve ser a Diocese do “candidato” a santo, declarando-o “Servo de Deus” e nomeando-se um Postulador para que acompanhe e organize o processo que será apresentado à Igreja, mais precisamente a Congregação Para as Causas dos Santos, órgão responsável por tais casos.
A respeito do caso do Padre Rufus, a abertura de qualquer processo de beatificação e canonização deve acontecer na sua diocese de origem, que nesse caso é a Arquidiocese de Bombaim, na Índia, onde ele era incardinado.
A autorização é dada pelo Bispo diocesano, e quando ela acontece, normalmente são exumados os restos mortais da pessoa e colocados em um local de maior dignidade, a fim de que possam ser honrados e visitados. É nessa etapa que já começam a ser recebidos pedidos de graças – pela intercessão do falecido – diante de Deus. Isso pode resultar em milagres que podem atestar a santidade da pessoa e gerar a decretação por parte da Igreja da sua santidade.
Um primeiro milagre, poderá fazer um novo(a) beato(a), podendo ser honrado(a) a nível diocesano ou de país. A canonização fará com que seja venerado(a) pela Igreja do mundo todo.
Da Arquidiocese do Padre Rufus, ainda não temos nenhuma notícia. Mas de nossa parte, não temos a mínima dúvida de que ele será decretado santo pela Santa Igreja um dia.
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Por que acreditamos que o Padre Rufus será santo?
Por onde andou, o sacerdote indiano espalhou e promoveu o bem. Foram inúmeros países visitados, sempre levando e pregando o amor generoso de Deus através de Sua santa palavra.
Padre Rufus tinha um carisma especial de cura e libertação dado por Deus, confirmado por aqueles que com ele conviveram. Tratava-se de um dom extraordinário. Antes de mais nada, é necessário esclarecer: O Padre Rufus era Exorcista oficial. Mas não é correto dizer, como lemos em muitas matérias, que ele era exorcista oficial autorizado pelo Vaticano. A autorização dada para ministrar as orações do Exorcismo Maior é dada pelo Bispo diocesano, conforme o código de direito canônico, nº 1172. Essa autorização só é concedida para ser exercida no território diocesano, ou seja, fora dele, o padre autorizado não pode fazer exorcismos, a menos que tenha autorização do bispo da localidade onde estiver. O que ocorre é que o Padre Rufus era membro da Associação Internacional dos Exorcistas e isso fazia com que as pessoas erroneamente propagassem que ele era autorizado pelo Vaticano a realizar exorcismos. Outro detalhe importante é que o Padre Rufus poucas vezes fazia as orações do Exorcismo maior. Por causa do dom extraordinário dado por Deus, ele utilizava-se de orações privadas para expulsar os demônios, que tinham grande eficácia. Isso é atestado, inclusive, por Sacerdotes Exorcistas oficiais aqui do Brasil que estiveram em orações conduzidas pelo sacerdote. Ele mesmo testemunhava que antes de ser nomeado exorcista oficial pelo seu bispo, recebeu de Deus o dom, de origem sobrenatural, para expulsar os demônios.
O carisma particular que o Padre Rufus tinha desmascarava a presença do demônio em simples orações ou mesmo quando ele estava falando do amor de Deus. Os demônios manifestavam com grande fúria e as pessoas tinham que ser contidas, tamanha violência e agressividade durante as orações.
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De todas as pessoas que ouvimos, é comum testemunharem que ele nunca elevava sua voz para ministrar uma oração. Era calmo, sereno e quando rezava por alguém, fazia em silêncio, olhando nos olhos e aos poucos, o possesso ia voltando ao normal. Nada de gritos, ou ordens aos demônios. Temos testemunhos de Exorcistas que tinham casos muito difíceis e que aguardavam a notícia das datas em que o Padre Rufus viria ao Brasil para enviá-los a ele, na esperança de que essas pessoas alcançassem a libertação. Na área premium do Portal, temos um testemunho de um exorcista que nos acompanha e que enviou o caso mais difícil que já tinha visto ao Padre Rufus, em uma de suas estadias aqui no Brasil. O Padre Rufus também nunca tinha visto um caso tão difícil.
São muitos os relatos de curas, milagres e libertações que aconteciam quando o Padre Rufus rezava. Também eram descobertas graves possessões que ele, muitas vezes, por não poder acompanhar essas pessoas, alcançava a libertação da parte de Deus para elas quando rezava.
Padre Rufus faleceu na madrugada do dia 02 de maio de 2012, de parada cardíaca durante o sono. Nos dias anteriores à sua morte, rezou durante mais de quatro horas por uma mulher que estava possessa e havia cometido aborto. A libertação chegou para ela e nós, ganhamos mais um intercessor no céu.
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Está na hora de começarmos a pedir a intercessão do Padre Rufus. E esperemos, pois os milagres chegarão. Tenhamos certeza de que no céu ele está potencializando todo o bem que já fez ao Brasil e ao mundo enquanto por aqui esteve.
Padre Rufus Pereira, rogai por nós!
