Falecimento do Monsenhor Jonas Abib

Em tempos obscuros, cada vez mais distantes das coisas sagradas, para nós é um alívio saber que ainda existem pessoas capazes de gastar a sua vida pela causa do evangelho.

O evangelho não é um grupo de contos sem sentido, feito para um determinado tempo e ou ajuntamento de pessoas. Ele é atualizado todos os dias, diante da nossa vida, seja ela em Deus ou afastada Dele.

Monsenhor Jonas foi um gigante e sempre me encantou nele a capacidade de arrebanhar multidões de jovens. Como um senhor, idoso e com poucos cabelos (os que lhe restavam eram brancos), que falava com a voz rouca, conseguia atrair irresistivelmente a juventude? Como ele conseguia semear vocações tão cheias de vigor para a Santa Igreja?

A resposta é simples: ele deixou-se conduzir pelo Espírito Santo.

Talvez, você possa achar a resposta simplista para traduzir a vida de um gigante que nos deixou para fazer a sua Páscoa e entrar na vida eterna. Mas o que mais caracterizou a vida desse santo homem, foi a simplicidade.

Certa vez, um sacerdote muito jovem, cheio da presença do Espírito Santo, começou a participar da Canção Nova avidamente. Todos diziam que seria um novo consagrado da Comunidade. Ele mesmo já estava convencido de que seu lugar era na Canção Nova, junto daquele carisma poderoso de evangelização. Um dia, ao caminhar pelos corredores da imensa comunidade, deu de cara com Padre Jonas (ele ainda nem era Monsenhor). Padre Jonas chegou perto, sorriu, olhou bem em seus olhos e, apertando firme suas bochechas com as duas mãos, disse-lhe: “você é uma benção, mas…não é aqui!”.

Aquelas palavras foram cheias de amor, mas muito caíram como uma chuva de pedras torrenciais em seu coração. Ao mesmo que foi avassalador ouvir aquilo, aquele jovem sacerdote logo entendeu: devia voltar para sua Diocese e ser lá sinal da presença de Deus.

Hoje, esse jovem padre está onde Deus queria que ele estivesse: numa paróquia, cuidando de um povo, celebrando missas cada vez mais cheias, que encantam de jovens a idosos, e os atraem cada vez mais para Jesus. Talvez, na Canção Nova ele tivesse êxito. Mas Deus não o queira lá.

Monsenhor Jonas é dessas pessoas que Deus nos dá o privilégio de conviver. Digo isso não porque podíamos encontrá-lo todos os dias, mas porque o carisma Canção Nova que recebido por ele de Deus nos permitia buscar na internet e rapidamente encontrar uma pregação sua, uma homilia, uma palavra de alento e até uma profecia, daquela de arrepiar até o último fio de cabelo quando ele a proclamava. Seu legado durará por gerações.

Obrigado Monsenhor Jonas. Até o céu!

Santo súbito.

Rodrigo Cardoso
Portal Cura e Libertação

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