Novo líder alemão renega Deus em seu mandato

Desde 23 de maio de 1949, a cerimônia de posse do chanceler alemão é constituída de um discurso que termina com a frase “Que Deus me ajude”.

O pequeno pedido de ajuda à Deus tornou-se símbolo da posse de um chanceler alemão, pois no discurso para assumir a função, o novo líder do país promete defender as leis e lutar pelo bem povo alemão, encerrando com o pedido pela proteção divina.

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Angela Merkel, cristã conservadora, conhecida pelos alemães como “mutti” (“mãe” em alemão), dedicou 16 anos do seu governo sob a proteção de Deus. Mesmo num país onde parece que a fé da Santa Igreja está se esvaindo a cada dia, a maior economia da Europa, povoada por 79,9 milhões de pessoas, não caminhou todos esses anos sem o auxílio do bom Deus. Merkel, como chanceler, não ousou tomar alguma atitude para remover do seu discurso de posse a menção ao Santíssimo nome de Deus, nosso Senhor. Diferente foi com Olaf Scholz, que curiosamente era braço direito de Merkel, mas confessadamente ateu. Diz o discurso de posse lido por Scholz:

“Eu prometo que dedicarei minhas energias ao bem-estar do povo alemão, aumentarei seus benefícios, evitarei danos a ele, defenderei a Lei Básica e as leis da Federação, cumprirei meus deveres com consciência, e farei justiça a todos”

A última frase, “Que Deus me ajude!”, foi omitida pelo novo chanceler.

A maioria do país bávaro é cristã e os católicos romanos são hoje cerca de 27,2% dos alemães, a maior religião do país. Contudo, temos visto nos últimos anos um tipo de “murchar” da fé alemã, como bem definiu o Papa Emérito Bento XVI.  Esse “murchar” parece ter chegado ao poder, num país onde os sinais de Deus já se manifestaram no passado, como no terrível caso da possessão de Anneliese Michel, onde mesmo com a grande repercussão, não houve sensibilização dos bispos para nomearem exorcistas oficiais nas dioceses alemãs.

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A crise de fé na Alemanha

O semanário italiano Settimana News publicou há pouco mais de um ano uma reportagem sobre o alto índice de abandonos dos fiéis na Igreja Católica (e evangélica) alemã em 2019. Os números assustam e foram publicados pela Conferência Episcopal Alemã em 26 de junho de 2019: 272.771 pessoas abandonaram a fé da Igreja.

Os mais interessados no fenômeno alemão de desisteresse pela fé podem dizer que os constantes escândalos de abusos sexuais, a falta de reformas e o imposto alemão destinado à Igreja, fazem com que os alemães queiram distância da instituição. Contudo, para o teólogo Von Jan Loffeld, é preciso deixar de lado análises superficiais e encarar problemas mais sérios como o fato de que hoje está aumentando cada vez mais – especialmente entre os jovens – uma atitude de desinteresse em relação a tudo o que diz respeito à religião e à Igreja. Esse é o ponto crucial.

Para o Presidente da Conferência Episcopal Alemã, Dom Georg Bätzing, “não há nada a ser dito sobre os números apresentados”, mas em defesa do abuso que se tornou o Caminho Sinodal alemão, argumenta que a Igreja deve se perguntar se ela ainda fala a linguagem certa para ir ao encontro das pessoas hoje.

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O imposto alemão para as Igrejas

Na Alemanha, as pessoas que declaram sua fé devem recolher um imposto equivalente à 9% do seu salário se optam por alguma denominação religiosa. Esse valor é recolhido pelo Estado alemão e repassado à instituição religiosa que o fiel declarou pertencer. O imposto, chamado Kirchensteuer (“Imposto das Igrejas”, em português) tem sido duramente criticado nos últimos anos, pois faz com a Igreja tenha garantida pelo Estado uma fonte de receita, tornando-a uma instituição muito rica. O descontentamento tem feito com que cada vez mais os alemães se declarem ateus ou não confessos de nenhuma religião.

Cardeal Müller defende a fé com vigor

Em entrevista publicada por Vida Nueva em fevereiro de 2020, o Cardeal Müller mostrou-se preocupado com o que está acontecendo na Alemanha, criticando fortemente o Caminho Sinodal, comparando-o com a Lei de habilitação dos nacional-socialistas alemães de 1933. Com ela, Adolf Hitler anulou a Constituição de Weimar, deu-se plenos poderes e instaurou sua ditadura ariana sanguinária.

Para o Cardeal Müller, o caminho que os bispos alemães estão tomando é um “processo suicida da fé”, principalmente quando o Caminho Sinodal definiu que todas as decisões serão válidas, mesmo que contradigam a doutrina católica.

Que Jesus ajude os nossos irmãos alemães a não abandonarem a fé!

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