O católico pode ser espírita?

O católico não pode ser espírita. Isto se dá porque nosso Deus proibiu, desde o Antigo Testamento, que seu povo se desse às práticas necromantes:

“Não vos dirijais aos necromantes nem aos adivinhos: não os consulteis, para que não sejais contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus.” Lv 19, 31.

A necromancia pode ser considerada o espiritismo clássico, quando buscamos o significado essencial da palavra que vem do grego: necros = morte e mancia = adivinhação. A “contaminação” é expressa pelo próprio Senhor Deus, que ainda adverte: “Eu sou o Senhor”.

 

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Tertuliano, nos primórdios do cristianismo, narrou algumas práticas que muito se parecem com o espiritismo moderno: o prestígio do saber através das múltiplas reencarnações, a prestidigitação (técnica de iludir o espectador com truques que dependem da rapidez e agilidade das mãos; ilusionismo, mágica), realizada em círculos de pessoas para mover de objetos e predizer o futuro. [1]

O Espiritismo busca o contato com pessoas que já morreram e acredita na reencarnação como forma de purificação da alma, até alcançar a perfeição. O católico não pode acreditar em Espiritismo porque ele, essencialmente, nega a ressurreição de Jesus, nosso Senhor:

“Nós, cristãos, cremos na Encarnação. Deus se fez homem e adentrou a nossa história: ‘E o verbo se fez carne e habitou entre nós’.” (Cf. Jo 1, 14) [2]

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O Catecismo de São Pio X já nos advertira em relação às práticas espíritas:

“É lícito interrogar as mesas chamadas falantes ou escreventes, ou consultar de algum modo as almas dos mortos, por meio de espiritismo?
Todas as práticas do espiritismo são proibidas, porque são supersticiosas, e muitas
vezes não estão isentas de intervenção diabólica, e por isso foram justamente interditas”
pela Igreja. [3]

Além disso, o atual Catecismo da Igreja Católica, nos ensina:

“Todas as práticas de magia ou de feitiçaria, pelas quais se pretende domesticar os poderes ocultos para os pôr ao seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo – ainda que seja para lhe obter a saúde – são gravemente contrárias à virtude de religião. Tais práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas da intenção de fazer mal a outrem ou quando recorrem à intervenção dos demônios. O uso de amuletos também é repreensível. O espiritismo implica muitas vezes práticas divinatórias ou mágicas; por isso, a Igreja adverte os fiéis para que se acautelem dele. O recurso às medicinas ditas tradicionais não legitima nem a invocação dos poderes malignos, nem a exploração da credulidade alheia.” [4]

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“O católico pode ser espírita?”

Não. A prática espírita coloca o católico fora da comunhão com a Igreja e privada dos sacramentos. Aqueles que praticam espiritismo pecam contra o 1.º mandamento da lei de Deus e necessitam da confissão com absolvição sacramental para voltar a comunhão e a graça de Deus.

 

“Mas o meu padre disse que não há problema alguma?”

Infelizmente, se o seu padre disse isso ele também está fora da comunhão com a Igreja. A palavra oficial da Igreja se sobrepõe a palavra do padre e não pode ser ignorada. Não incentivamos nenhum tipo de discussão ou ensinamento aos sacerdotes. Eles conhecem a palavra de Deus e Doutrina da Igreja. Apenas alertamos para que se cumpra aquilo que, de fato, Deus nos orienta e não opiniões pessoais. Em se tratando da fé católica, não há que se falar com opiniões pessoais e sim, aquilo que Deus nos permite e ensina.

 

“Mas eu acredito que após a morte, existe o “além” e acredito na reencarnação!”

Aqueles que acreditam na reencarnação negam veementemente a ressurreição do Senhor. Além disso, o Espiritismo não acredita que Jesus é Deus e Senhor nosso e, sim, que Ele foi apenas um médium poderoso, “desenvolvido” e além do nosso tempo, que foi educado e treinado na escola de José de Arimatéia, que – para a doutrina Espírita -também teria sido um médium. [5]

“Minha família é espírita. Como devo proceder?”

Devo dar testemunho da fé católica e evitar as discussões e brigas. Deus nos fez livres para seguirmos nosso caminho, mas devemos estar cientes das consequências.

“A prática do Espiritismo pode levar à possessão demoníaca?”

Sim, pode. Mas também é necessário esclarecer que existem muitos charlatões que enganam as pessoas e usam de hipnose e magnetismo para trabalhar na mente das pessoas e levá-las ao engano. Contudo, existem pessoas que de fato são controladas pelo demônio e expõe aqueles que participam das sessões espíritas ao risco de ataques espirituais que podem levar as pessoas a possessão demoníaca. Já testemunhamos casos de pessoas que frequentaram sessões espíritas e necessitaram de sessões de Exorcismo maior para alcançarem a libertação. A respeito disso, citamos o Exorcista oficial da Arquidiocese de Florianópolis:

“O demônio ao longo da história tem tentado levar o ser humano ao engano a respeito da morte, assim tem sido desde o princípio:
‘Mas a serpente respondeu à mulher: ‘De modo algum morrereis. Pelo contrário, Deus sabe que, no dia em que comerdes da árvore, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal’.” (Cf. Gn 3, 4-5) [6]

Você quer fazer uma oração de renúncia?

 

Referências

[1]Os segredos do espiritismo, Padre Júlio M. de Lombaerde, Cap. II, p. 22.

[2]Fenômenos preternaturais, 2017, Padre Pedro Paulo Alexandre, p. 513.

[3] Catecismo de São Pio X, nº 366.

[4] Catecismo da Igreja Católica, nº 2117.

[5] Posição Católica perante a Umbanda, Frei Boaventura Kloppenburg, p. 19 e 20.

[6] Fenômenos preternaturais, 2017, Padre Pedro Paulo Alexandre, p. 526.

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