Esse artigo foi escrito com base na publicação de 06/05/17, do site ed.nl
A Arquidiocese de Utrecht já foi responsável por dar a Igreja um Papa: Adriano VI. Ele também foi um dos únicos Papas a manter seu nome batismal, quando da eleição ao trono de Pedro. Após ele, passaram-se 455 anos até um Papa não italiano chegar ao papado e este foi o nosso amado São João Paulo II.
Desta vez, não é por causa de uma eleição ao papado que Utrecht faz história e sim, pela nomeação de um sacerdote para o Ministério do Exorcismo.
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O Padre Frank As é o pároco na Igreja de Cristo Rei e na homilia da solenidade de Marialof (tradicional festa de Nossa Senhora comemorada, nos Países Baixos), revelou aos seus paroquianos que era o exorcista diocesano. A revelação causou um misto de emoções entre eles: uns não gostaram nada da revelação, como Theo Smits: “Exorcismo? Não posso situar isso apropriadamente na Igreja Católica Romana. Isso tenho de ter quase 80 anos para descobrir.”
Os paroquianos mais compreensivos também prefeririam que o Padre não tivesse revelado seu ofício numa homilia: “Teria sido melhor se tivesse sido contado apenas em nosso próprio círculo e pudéssemos ter discutido isso juntos”, sugeriu o paroquiano membro da administração paroquial, Van Haandel.
A situação controversa vivida pelo Padre As não é única. Muitos sacerdotes passam pelo mesmo problema em suas paróquias quando são nomeados exorcistas, enfrentando a ira dos seus paroquianos com mais ênfase até do que dos próprio possessos que precisam exorcizar. Alguns chegam a reclamar ao bispo diocesano.
A comissão paroquial da cidade de Veldhoven, onde o Padre atua, não considera isso um problema: “Quando o conhecemos no início de abril, isso veio à baila. Pessoas foram nomeadas para esta função em todas as dioceses. Não consideramos isso um problema”, afirma o porta-voz da comissão, Ed Arons.
O Padre As começou a fazer exorcismos duas a três vezes por semana, na paróquia. Utrecht é a única Arquidiocese dos Países Baixos, que possui 7 dioceses. Em todas elas, exorcistas também foram nomeados. É sempre bom lembrar que expulsar os demônios é um mandato do senhor Jesus à sua Igreja: “E disse-lhes: ‘Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados’.” Cf. Mc 16, 15-18.
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O exorcismo sempre é tratado com a máxima atenção e cuidado pela Igreja Católica Apostólica Romana. Ela não exclui a ciência e nem a medicina. A prova disso é que o Cardeal Arcebispo de Utrecht, Dom Willem Jacobus Eijk, é médico de formação.
Tradução livre do holandês
ed.nl
O novo padre de Veldhoven afasta o diabo: “às vezes o vejo derretendo sob a água benta”
Frank As – o novo padre da paróquia de Cristo Rei em Veldhoven – não faz segredo: ele foi nomeado exorcista pelo bispo anterior.
Duas ou três vezes por semana, Padre As, que assumirá como padre em Veldhoven neste verão, toma medidas para afugentar os maus espíritos. Não é raro que ele ouça o demônio rosnar ou sibilar quando ele enxuga a testa de uma pessoa possuída com água benta.
Às vezes ele vai ao local, mas de preferência as sessões acontecem em sua própria igreja. “Porque o espírito maligno não se sente em casa lá.”
“Às vezes, vejo o diabo derretendo sob a água benta.’
Padre Frank As
Não seria melhor para As pessoas que ouvem vozes ou sofrem de insônia a um psiquiatra? “O problema é que os psiquiatras falam de delírios, mas riem da obsessão. Eu gostaria de entrar em contato com um psiquiatra católico. ”
São sessões exaustivas que podem durar uma noite ou uma tarde inteiras. “Mas é muito mais cansativo para o diabo do que para mim. Às vezes eu o vejo derreter sob a água benta. ”
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O Vaticano quer que cada diocese nomeie um exorcista. Em 2016, a autoridade neste campo, o padre Gabriele Amorth, 91, morreu em Roma.
