Saudades sim, invocação dos mortos, não!

Hoje, a Igreja celebra a memória de “todos os fiéis defuntos”. Essa época é muito especial na vida da santa igreja, pois é o momento na liturgia em que se abre espaço para lembrarmos todos os fiéis que já fizeram sua Páscoa.

A memória dos fiéis defuntos nos recorda o momento em que a Igreja incentiva a caridade para com as almas do purgatório que encontraram a salvação, mas ainda carecem de uma última purificação antes de alcançar o Paraíso.

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Dando uma passo para trás, lembramos que no dia 01 de novembro celebramos o dia do todos os santos, oportunidade em que a Igreja rememora a vida daqueles que por aqui passaram e buscaram fazer a vontade de Deus, alcançando assim a glória dos altares, proclamados santos pela santa Igreja. Essa data é particularmente associada pela cultura popular com a falsa celebração do dia 31 de outubro, onde o mundo se empenha em celebrar o Halloween, festa pagã adotada pelos satanistas para celebrar o ano novo satânico, dado a celebrar o demônio como rei e senhor do mundo.

Ao chegar o “o dia das bruxas”, percebemos como notabilizou-se nos últimos anos o poder que a indústria exerce sobre as massas: deixa-se para lançar nessa data os piores filmes de terror – alguns deles com horríveis cenas de exorcismos -, com as cenas mais brutais , além de celebrar-se nas escolas, nas empresas e na sociedade em geral, o dia dos mortos. Os mortos não são celebrados com o sentido de que passaram para a vida eterna, mas com um sentido assustador, como de almas que ainda deixaram pendências, ou que atormentam os vivos, ou até que os perseguem em virtude de “dívidas” não resolvidas em vida ou até mesmo por vingança.

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A questão daquilo que ensina a palavra de Deus sempre foi muito bem definida, tanto pela Igreja quanto pela pela palavra de Deus. Deus, nosso Senhor, colocou limites muito bem estabelecidos a respeito do contato com os falecidos:

“Quando tiveres entrado na terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não te porás a imitar as práticas abomináveis da gente daquela terra. Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia ou à invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti essas nações.
Cf. Dt 18, 9-14.

É importante notar que nosso Senhor é claro quanto a tratar o costume de invocar os mortos como um prática pagã, pois é deixado claro ao Seu povo que “não deves, ao entrar à terra prometida, imitar práticas abomináveis aos olhos do Senhor”.

A invocação dos mortos ao longo dos séculos, sempre foi combatida pela Igreja, como já fizemos lembrar em várias ocasiões aqui no Portal. Há grupos espíritas que já tentaram propagar, inclusive, a suposta mediunidade do Papa Pio XII, algo inimaginável e que carece, sem dúvidas, de muita formação e esclarecimento por parte de tais pessoas.

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Filmes tentam mostrar a permissividade da Igreja quanto à prática de invocação dos mortos

Recentemente, o filme “Divaldo Franco, o mensageiro da paz” (2019) foi lançado para contar a história do médium. Mostrando um certo dom recebido por parte dele, traz a história do protagonista que dá nome ao título do filme. O enredo trás a história de Divaldo Franco nos mostrando que desde criança ele “via os falecidos” e com eles podia se comunicar. Mas uma cena intrigante, que nos faz questionar se um sacerdote, conhecedor do que o Deus todo poderoso revelou a respeito do assunto, é capaz de orientar uma pessoa a desenvolver a “mediunidade”: em determinada cena do filme, Divaldo vai confessar-se com um sacerdote e lhe pergunta o que deve fazer, já que não consegue de jeito nenhum se livrar da mediunidade. O sacerdote, após muitos aconselhamentos, lhe diz que “seu lugar não é a Igreja” e que deves seguir o seu caminho. A mensagem de permissividade é clara e tenta passar a idéia de que a Igreja, quando não consegue livrar um medium do seus pretensos e falsos dons, “o libera para exercer uma espécie de ministério sem o seu consentimento, mas guiado por Deus”. Na história de Chico Xavier há algo semelhante.

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Saudade sim, invocação dos mortos, não

No último dia 28 de outubro, a sobrinha da falecida atriz global Dercy Gonçalves, revelou em um livro biográfico que Dercy – antes de morrer – deixou uma senha para ser identicada quando, de fato, fosse ela a deixar alguma mensagem do além através de algum médium. Fez isso, para evitar que farsantes alegassem que estavam recebendo mensagens dela após sua morte. Dercy morreu em 2008 e já se passaram 21 anos, mas nenhum médium que apareceu alegando receber a alma de Dercy – e segundo a sobrinha já foram vários –  revelou a senha. Caso você não saiba, Dercy Gonçalves antes da fama era “mãe de santo” e sempre foi adepta da Umbanda.

A saudade de um ente querido que se foi não é algo fácil para lidar. Só quem perdeu um ente querido sabe o que é essa dor. E torna-se compreensível que uma pessoa procure tais lugares para tentar alguma comunicação com os mortos sobretudo se são pessoas que não tiveram uma boa catequese. Mas isso não é motivo para deixarmos os filhos de Deus sem explicação, sem orientações claras, sobretudo quanto aos perigos que incorrem aqueles que frequentam tais práticas ou tentam as conciliar com a fé católica. Deus, nosso Senhor, não nos proíbe certas práticas porque é um pai autoritário ou carrasco, mas sim porque quer nos proteger do mal e evitar que abramos uma porta que por si só, não podemos fechar. A saudade permanece, mas a invocação dos mortos é abominável aos olhos do Senhor, nosso Deus.

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Mas e o purgário?

Um dos argumentos mais falaciosos dos espíritas é o estado do purgatório. Ensina-nos São Franciso de Sales:

“O purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, porque as chamas que lá existem são chamas de amor.”

O purgatório é um estado de purificação da alma, que após o seu juízo particular, já salva, deve passar por uma purificação final antes de entrar no paraíso. Não podemos entrar na presença de Deus sem estarmos santificados. nesse mundo, passamos muitas situações e não raras as vezes, acabamos nos distanciando de Deus, pecando. São Pedro nos ensina:

“À maneira de filhos obedientes, já não vos amoldeis aos desejos que tínheis antes, no tempo da vossa ignorância. A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo (Lv 11,44).” (Cf. I Pd 1, 14-16)

No momento da nossa morte, senão estivermos suficientemente puros ou em estado de graça, após o juízo particular, a misericórdia nos encaminhará ao purgatório. Lá, as chamas que nos queimarão serão para que possamos entrar no céu completamente purificados. Não é uma nova vida, nem tampouco será permitido aos mortos virem se comunicar com os vivos.

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A saudade que sentimos dos nossos entes queridos não é pretexto para infringirmos as regras deixadas pelo nosso bom Deus. Ele sabe o que faz e um dia, na morada eterna, todos nos encontraremos e seremos felizes para todo o sempre com o Cristo Jesus, nosso Senhor.

 

 

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