Desalma: a nova série da Globo que invoca o demônio

Por Rodrigo Cardoso
Sob a orientação espiritual do Padre Décio Santos, Exorcista Oficial da Diocese de Taubaté, São Paulo, Brasil.

O culto ao demônio, seja de maneira explícita ou velada, está cada vez mais presente na sociedade moderna e tem aparecido com frequência nos meios de comunicação.

A nova onda da TV brasileira é trabalhar com o sobrenatural, em especial o culto aos demônios. É assim com a nova série da Globo, disponibilizada em sua plataforma de conteúdos digitais, Globoplay.

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A série de nome Desalma

A nova série Desalma acontece em um local fictício do sul do país, junto a uma comunidade de colonização ucraniana. O local é comandado por uma bruxa de nome Haia (representada pela atriz Cássia Kiss), que aparece em diversas cenas fazendo rituais de conjuração de Veles, um deus pagão de origem eslava.

O perigo do culto às entidades, que nada mais são do que demônios, é descrito pela própria autora dessa série – Ana Paula Maia – na matéria veiculada no site Notícias da Tv em 20/10/2020:

“Eu tinha certeza de que ele tinha ido até lá (o deus pagão Veles), e não fizeram a cena completa. De manhã acordei e tive a notícia (do incêndio). Foi muito assustador. Sempre tive a ideia de que foi uma cobrança, ele foi lá, não tinha sido feita a reza e foi dar um susto em alguém. Foi o dia em que a temperatura caiu bruscamente, e eu estava acompanhando essa gravação. Falei: ‘Ele tá aqui’. É uma certeza interna de que teve uma relação sobrenatural, sim”.

Conta-nos a matéria que em várias cenas, há a prática de rituais de invocação de Veles e que a sua fúria teria sido provocada porque em uma delas, um ritual não teria sido completado, causando um incêndio em um chalé na madrugada que feriu até um funcionário que precisou ser levado para o hospital.

O Paganismo, como forma de invocação dos demônios, é mais antigo do que conhecemos. Já nos tempos do profeta Elias, o demônio Baal era conhecido como um deus pagão e dispunha de 450 profetas a seu dispor, enquanto Elias era o único profeta do Senhor que havia restado (I Reis 18).

Vemos ao longo da história que não foram poucos os registros de pessoas que tentaram se aproveitar de espíritos para ganhar lucro fácil. No livro do Atos dos Apóstolos 16,16, vemos a expulsão do demônio que possuía uma mulher que era fonte de lucro para os seus senhores:

“Certo dia, quando íamos à oração, eis que nos veio ao encontro uma moça escrava que tinha o espírito de Pitão, a qual com as suas adivinhações dava muito lucro a seus senhores. Pondo-se a seguir a Paulo e a nós, gritava: ‘Estes homens são servos do Deus Altíssimo, que vos anunciam o caminho da salvação’. Repetiu isto por muitos dias. Por fim, Paulo enfadou-se. Voltou-se para ela e disse ao espírito: ‘Ordeno-te em nome de Jesus Cristo que saias dela’. E na mesma hora ele saiu. Vendo seus amos que se lhes esvaecera a esperança do lucro, pegaram Paulo e Silas e levaram-nos ao foro, à presença das autoridades.”

A série da Globo parece querer trazer para o centro da discussão um outro tipo de fé, aquela que os Exorcistas da Igreja têm alertado constantemente como perigo para os ataques do demônio em nossa vida.

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Quem era Veles?

A ideia de cultuar uma divindade sempre esteve ligada a superioridade, inclusive moral, de sua imagem. Contudo, esse não é o caso desse espírito, que sempre teve sua imagem ligada a uma vida mundana. Os antigos eslavos o conhecem como o deus pagão que controla o submundo, o solo, a água e as florestas. Sempre foi cultuado para proteger o gado, os animais de maneira geral e as plantas. (Fonte: Russia Beyond)
Em relação a fé da Igreja, não existe meio termo: trata-se de uma invocação clara e direta do demônio.

A Palavra de Deus e a Doutrina da Santa Igreja Católica condenam a conjuração e invocação de espíritos, mas invocar as graças de Deus e a intercessão dos santos é correto. Cultuar essas entidades, assistir esses rituais, é sempre perigoso e pode trazer graves consequências para a nossa vida quando não estamos enraizados na fé em Jesus em Cristo, nosso Senhor.

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