O Padre Exorcista Cipriano de Meo conversou com Annadea Di Ciocco para a Revista Exorcista. O padre conheceu pessoalmente o Santo Padre Pio de Pietrelcina.
Tradução livre
O padre nasceu em Serracapriola, na província de Foggia, em uma família muito religiosa. Como a fé dos seus pais influenciou a formação espiritual da sua vida?
A família em que nasci e vivi a minha vida deu testemunho do que ela acreditava. A fé dos meus pais foi extraordinária, também por causa de sua simplicidade, porque meu pai e minha mãe trabalhavam fisicamente. Eles eram trabalhadores. Minha mãe tinha uma habilidade especial para nos influenciar, filhos. Em particular, ela nos mostrou o valor da oração – pela manhã, quando ela se levantava, antes da refeição, mas também em outras horas do dia. E tudo foi apoiado pelo exemplo de sua vida cristã.
Como você se tornou um exorcista?
Devo admitir que não pensei nisso. Na época em que eu estava estudando, não havia muito tempo dedicado a esse assunto. Posso dizer que aconteceu por acaso, mas a afirmação é geral demais. Em 1955, eu estava em Gesualdo, na província de Avellino, eu era o reitor do seminário que tínhamos lá. À noite, na véspera da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria – dia e hora muito eloquente – o porteiro foi chamado. E porque o porteiro atrasou para abrir, eu fui fazer isso sozinho. Eu vi três pessoas na minha frente – uma mulher e dois homens. Parecia óbvio que alguém necessitado queria pedir comida. É por isso que perguntei: O que você quer? Eu não recebi nenhuma resposta. Eu perguntei novamente: Você quer algo para comer? Eu vou dizer ao cozinheiro! Mais uma vez, no entanto, não recebi nenhuma resposta. Os rostos da mulher e os dois homens, ainda em silêncio, despertaram minhas suspeitas. Então, para acabar com esse silêncio, perguntei à mulher de maneira um tanto oficial: qual é o seu nome? Então ela me respondeu numa voz masculina que causou uma grande impressão em mim. Ela respondeu, gritando: Meu nome é o diabo! E eu respondi: Obrigado, meu nome é padre Cipriano . E assim começou.
Como o Padre recorda do Santo Padre Pio?
Conheci o padre Pio enquanto ainda era estudante. Eu e meus dois confrades fomos enviados de Campobasso, onde eu estava estudando, para San Giovanni Rotondo, para ajudar a redigir correspondências, que chegavam aos montes. Essa foi a primeira vez que fui a San Giovanni Rotondo.
Trecho do artigo Revista Exorcista nº 79
