O caso Arne Cheyenne Johnson: “matei, pois estava possuído!”

A franquia de “A Invocação do Mal”, da qual o primeiro filme foi lançado em 2013, prosseguirá com o próximo filme sendo lançado em 2021. Ele tratará sobre o famoso caso da década de 80, onde Arne Cheyenne Johnson alegou durante o seu julgamento que assassinou seu patrão Alan Bono por estar possuído. O filme será chamado “Devil Made Me dot It” (O diabo me mandou fazer, em tradução livre).

O caso de Arne Cheyenne foi o primeiro da história em que um assassino alegou possessão demoníaca para cometer o crime. Por ter sido investigado pelo famoso casal de demonologistas Ed e Lorraine Warren, o caso ganhou repercussão internacional e acabou ficando mundialmente conhecido como o caso em que o demônio foi colocado no banco dos réus.

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A história

O caso deu origem a um documentário chamado A Haunting (“Uma assombração”, em tradução livre) em uma série de entrevistas descritas pelo título de “Where Demons Dwell” (“Onde moram os demônios”, em tradução livre) e um filme intitulado “The Demon Murder Case” (“O caso do demônio assassino”, em tradução livre).
No ano de 1983 foi lançado o livro “The Devil in Connecticut” (“O diabo em Connecticut”), com a assistência de Lorraine Warren, onde os fatos ocorridos são narrados com precisão.

Arne Cheyenne Johnson assassinou em 16 de fevereiro de 1981 no canil onde trabalhava o seu próprio patrão, Alan Bono, após o que acredita-se ser um transe de possessão demoníaca. Johnson começou a ser considerado possuído por seus parentes após uma série de Exorcismos menores na criança David Glatzel, de onze anos que teria sido possuída e exorcizada por seis padres católicos.

Durantes os rituais, Arne teria sido possuído quando um dos demônios que estava em David fugiu e entrou em seu corpo forçando-o, dias depois, a matar seu patrão, Alan Bono.

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Para o seu julgamento, a história contada por seu advogado como argumento da defesa é a de que durante os exorcismos de David, Arne teria incitado os demônios a entrarem em seu corpo, libertando o menino. Essa história é contestada pelos Warren.

O caso foi a Júri popular, mas o juiz do Tribunal Superior de Connecticut, Robert Callahan, não aceitou o argumento da defesa de que Arne Cheyenne Johnson cometeu o crime quando estava possuído pelo demônio alegando que não seria possível provar em um tribunal essa possibilidade por falta de evidências, além da situação ser “irrelativa e não científica”. Após deliberarem por três dias em mais de quinze horas, no dia 24 de novembro de 1981, Johnson foi considerado culpado por homicídio culposo e condenado a mais de vinte anos de prisão, tendo cumprido apenas cinco deles.

Os sinais de Arne Cheyenne Johnson

O testemunho das pessoas que viram o crime relata que após uma briga com Alan Bono durante o almoço, no canil onde eles trabalhavam, Arne – rosnando como um cão raivoso- pegou um canivete e esfaqueou Bono, que faleceu horas depois. Um dos ferimentos ia da barriga ao pescoço. Johnson entraria numa espécie de estado de transe, onde alucinaria e rosnaria por horas, sem se lembrar de nada depois que voltava ao normal.

A possibilidade de transferência demoníaca

Como afirmam os Exorcistas, “toda possessão é sempre uma permissão de Deus” e a ideia de que o demônio possa agir livremente sem nenhum tipo de controle é rechaçada pela Igreja. O demônio possui limites dados por Deus, pois se assim não o fosse, ele poderia causar estragos inimagináveis. É assim nos casos de possessão e a tradição da Igreja e dos Exorcismos, inclusive os praticados por Nosso Senhor Jesus, atestam essa afirmação.

Contudo, não se deve “brincar” com o demônio. No livro “Quem como Deus?” de John Richards, 1987 Ed. Louva a Deus, o autor narra um caso assustador que, por permissão de Deus, pode acontecer. Esse caso está narrado no livro “Combatendo o bom combate”, de Maria Gabriela de O. Alves, na página 69:

“[…]Nesse mesmo livro, há um outro exemplo que é assustador: o perigo da transferência demoníaca, algo muito raro, mas que pode acontecer! Um jovem soldado, de repente, tornou-se violento, agredindo seus companheiros e tentando se matar: Seus colegas chamaram o médico, que o examinou vendo que ele gritava, rolava no chão e espumava. O médico lembrou-se da história do jovem da margem do lago da Galiléia, narrada no Novo Testamento, e mandou chamar o Padre que chegando viu o jovem no chão imobilizado por uns 12 homens. O médico então disse: ‘Estou seguro de que isto é um trabalho para o senhor, Padre!’ O Padre ficou em dúvida se poderia fazer muita coisa, mas não querendo se mostrar embaraçado, disse: ‘Em nome de Jesus Cristo, ordeno a essa coisa que saia de você e fez o Sinal da Cruz’. No mesmo instante o rapaz voltou ao normal e o Padre caiu morto.” 

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Conclusão

Ouvindo os Exorcistas oficiais e acompanhando o seu trabalho, é possível verificar que Hollywood sempre aumenta demasiadamente e propositalmente o poder do demônio sobre as pessoas e as coisas.

Os roteiros são escritos de modo a que as pessoas fiquem naturalmente com medo e Deus, quando invocado nesses enredos, não passe de um mero telespectador, que na maioria das vezes, não vence o demônio totalmente, deixando sempre uma brecha para ele voltar e atormentar as pessoas (o princípio das continuações, formando as franquias), deixando a impressão de que o mal é invencível.

Para nós, os cristãos, e sobretudo aqueles que acompanham possessos reais e sabem como é o dia-a-dia do ministério de um Exorcista, não existe nada mais falso.

Deus é o Senhor do tempo e através Dele é que se alcança a plena libertação e a liberdade, para vivermos em novidade de vida.

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