Pentecostes, Praça de São Pedro.
No Regina Caeli [1] desse domingo, O Papa Francisco recordou que Pentecostes é o sonho de Deus sobre a humanidade que se tornou realidade; cinquenta dias após a Páscoa, povos que falam línguas diferentes se encontraram e se entenderam. Apesar da mensagem encorajadora, sofre o coração do Papa com a realidade da guerra, que já completa cem dias:
[…], mas agora, cem dias após o início da agressão armada contra a Ucrânia, sobre a humanidade desceu novamente o pesadelo da guerra, que é a negação do sonho de Deus: povos em confronto, povos que se matam uns aos outros, povos que, em vez de se aproximarem, são expulsos de suas casas.
O Papa renovou um forte apelo aos líderes das nações para que haja um fim para a guerra:
[…], por favor, não levem a humanidade à ruína! Não levem a humanidade à ruína, por favor!
Francisco quer esforços genuínos pela construção da paz e “negociações reais por um cessar fogo na Ucrânia:
[…] Que o grito desesperado do povo que sofre seja ouvido – nós o vemos todos os dias na mídia – que a vida humana seja respeitada e que seja detida a macabra destruição de cidades e vilarejos no leste da Ucrânia. Por favor, continuemos a rezar e a nos comprometermos pela paz, sem nos cansarmos.
A ofensiva contra a guerra tem marcado o Pontificado do Papa Francisco. Para pôr um fim à matança, ele propôs ir até à Rússia para conversar pessoalmente com o Presidente Vladimir Putin. A visita, no entanto, não foi aceita pelo Kremlin.
Referências
[1] A Oração do Regina Caeli ou Regina Coeli (Rainha do Céu) provavelmente remonta-se ao século X ou XI, associa o mistério da encarnação do Senhor (quem merecestes trazer em vosso seio) com o evento pascal (ressuscitou como disse). O “convite à alegria” (Alegrai-Vos) que a Igreja dirige à Mãe pela ressurreição do Filho recorda e depende do “convite à alegria” (“Alegra-te, cheia de graça”: Lc 1, 28) que Gabriel dirigiu à humilde Serva do Senhor, chamada a ser mãe do Messias salvador. (Opus Dei, site institucional)
