Os demônios da Luxúria

Em tradução livre do inglês, do Blog do Monsenhor Stephen Rossetti, exorcista oficial da Arquidiocese de Washington, EUA.

“B” teve uma educação problemática e sexualmente traumática. Filha de uma prostituta, ela foi abusada sexualmente quando criança. Ela se tornou uma stripper em um clube local. Ela foi estuprada muitas vezes. Foi feita uma tentativa de tráfico sexual, mas ela conseguiu escapar.

Apesar de sua vida no mundo sombrio da perversão sexual, havia nela uma grande potencialidade para o bem, até mesmo para o heroísmo. Ela tinha uma força interior que lhe permitiu continuar recuando, apesar de ser repetidamente ameaçada, espancada e estuprada.

Através dos bons ofícios de um diácono, ela acabou em nossas sessões de exorcismo. Ela estava totalmente possuída. Ela exibiu todos os principais sinais, incluindo muitos casos de conhecimento oculto, reações violentas ao sagrado e falar/escrever em uma língua estrangeira desconhecida para ela.

Quando as sessões de exorcismos começaram, ela manifestou rapidamente os demônios* e exibiu comportamentos grosseiros e sugestivos. Ordenar a ela em nome de Jesus que parasse não adiantou. Tivemos que envolvê-la em um cobertor para que ela não começasse a dançar e se despir.

À noite, os demônios possessores repetidamente enviavam fotos obscenas de seu passado no clube de strip. As mensagens de texto eram sexualmente provocativas e faziam tentativas grosseiras de sedução. Em cada caso, respondia com uma oração e uma imagem da Santíssima Virgem. Eu finalmente desliguei meu telefone à noite para que o bipe das mensagens recebidas não me deixasse acordado.

Mas sutilmente, antes, durante e depois das sessões, os demônios da luxúria atacavam sexualmente a equipe e a mim. Nos exorcismos, tínhamos cuidado com quem estava presente na sala. Outros, que aparentemente não estavam em estado de graça, tentaram fazer amizade com ela e saíram moralmente “fora dos trilhos”.

O antídoto para tal impureza grosseira era, claro, a Santíssima Virgem. Ela foi repetidamente invocada. Pedimos a “B” que se consagrasse a ela. Em cada sessão, “B” rezava em voz alta à Virgem pela virtude da castidade e pureza. O diácono derramou galões de água benta sobre a cabeça dela. Essa limpeza espiritual evocou gritos dos demônios: “Pare. Pare. Você está me matando!”

Talvez seja disso que nosso mundo mais impuro precisa hoje também: consagração à Beatíssima Virgem Maria, oração fervorosa pela virtude da castidade e limpeza espiritual através dos sacramentos e sacramentais da Igreja.

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