Profanação de Natal do Porta dos Fundos: “Te prego lá fora”

Em um mundo cada vez mais dividido e desunido, que não suporta mais os valores cristãos e nem demonstra apreço pelo sagrado, não causa mais estranheza as profanações quase diárias que acontecem em nossa sociedade.

Perigoso, mas o fato de que nós, filhos de Deus, não podemos mais tolerar certas coisas, não pode ser relegado ao esquecimento. É preciso demonstrar que não se está ferindo somente a fé, mas o que é sagrado e que isso implica consequências. Não estamos falando de violência, mas sim do que se incorre quando se trata o nascimento de Jesus ou o seu santo sacrifício com desdém, promovendo sátiras desrespeitosas, que acabam por cometer pecados graves, incentivar que sejam cometidos e que nos privam da graça de Deus e nos afastam da sua presença. Está se esquecendo do pecado contra o segundo mandamento: “não tomar seu santo nome em vão!”

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A nova profanação do grupo humorístico Porta dos Fundos demonstra não só o desrespeito para com as coisas sagradas, como retrata Jesus, nosso Senhor, mudando de escola, “sem controle sobre seus poderes” e visitando um prostíbulo. Além disso, trata-o como um semi-deus com “poderes absolutos e incontroláveis”, esquecendo a natureza divina do Salvador.

Quem é Jesus para o Porta dos Fundos?

Na descrição da divulgação do vídeo no canal Youtube do grupo, vemos a definição que é dada para “quem é Jesus?”:

“Todo mundo sabe que ser adolescente não é fácil, ainda mais quando se é um semideus com poderes ilimitados e correndo o risco de ser crucificado a qualquer momento.”

Jesus não é um semi-deus. Ensinou-nos o Papa Emérito Bento XVI:

“[…]Em Jesus de Nazaré, Deus visita realmente o seu povo, visita a humanidade de um modo que vai além de todas as expectativas: envia o seu Único Filho; o próprio Deus faz-se homem. Jesus não nos diz algo de Deus, não fala simplesmente do Pai, mas é Revelação de Deus, porque é Deus, e assim revela-nos o rosto de Deus. No Prólogo do seu Evangelho, são João escreve: “Ninguém nunca viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem O revelou’ (Jo 1, 18).” [1]

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Jesus é a Revelação de Deus, é Deus feito homem! Por essa razão, não podemos aceitar que um grupo humorístico, com pessoas que não possuem o mínimo de respeito com os símbolos sagrados, deturpe a santa imagem do Senhor.

Jesus veio para salvar a estabelecer o seu Reino:

Cristo vem da tradução grega do termo hebraico ‘Messias’, que quer dizer ‘ungido’. Só se torna nome próprio de Jesus porque Ele cumpre perfeitamente a missão divina que tal nome significa. Com efeito, em Israel eram ungidos, em nome de Deus, aqueles que Lhe eram consagrados para uma missão d’Ele dimanada. Era o caso dos reisdos sacerdotes e, em raros casos, dos profetas. Este devia ser, por excelência, o caso do Messias, que Deus enviaria para estabelecer definitivamente o seu Reino. O Messias devia ser ungido pelo Espírito do Senhor, ao mesmo tempo como rei e sacerdote mas também como profeta. Jesus realizou a expectativa messiânica de Israel na sua tríplice função de sacerdote, profeta e rei.”

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Profanações do “especial de natal”

No trailer de divulgação do “especial de natal”, vemos a cruz que espera Jesus e um diálogo entre ele e sua Mãe, onde Maria lhe questiona se está tudo bem. Jesus responde que está com medo de não aceito na nova escola, ao que Maria lhe responde: “é só evitar de fazer milagre!”

Em seguida, vemos Jesus chegando na nova escola e sendo apresentado por Lázaro para “quem é quem”. Barrabás é o “bonitão da escola”, que faz as brincadeiras mais sem graça possíveis e sem limites. Como em toda escola, há os estudiosos (desrespeitosamente chamados de “nerds”), os organizadores de teatro e o diretor, chamado Herodes, de quem Jesus é advertido para se manter se longe, com uma insinuação de que este seria homossexual e gosta dos garotos mais jovens. Para concluir o clube de horrores, Maria Madalena é a chefe das líderes de torcida, a garota mais desejada, por quem Jesus se sente atraído. 

As líderes de torcidas eram seis, mas três estão grávidas do mesmo rapaz (alusão ao Rei Davi, mulherengo).

Então, Herodes decide fazer uma reunião onde relata que recebeu uma denúncia grave: “há fortes evidências de que há entre nós um suposto Messias.” Barrabás já logo suspeita do “menino novo”, Jesus.

Jesus fica com medo e Lázaro, para evitar chamar a atenção, diz a Jesus que ele vai ter que aprender “a ser escroto” e ainda diz que para não chamar a atenção, “até o dia do baile (Jesus) vai ser um babaca!”

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Jesus faz um milagre e ressuscita um homem que foi torturado. Maria, a Santíssima Virgem, fala palavrão.

Mas, o ponto que merece a nossa atenção é Jesus indo ao prostíbulo. Ao ser levado pelos seus “amigos”, Jesus afirma: “Isso não é de Deus” ao que é prontamente rebatido: “Na verdade, aquela mais alta ali (mostra-se uma prostituta) é exclusiva de Deus …”

 

O respeito para com o sagrado

O mundo carece de paz. Desrespeitar as coisas sagradas e propagar liberdade sem limites não é ser livre. Lembremos o que dizia o maior satanista moderno, Aleister Cronwley: “Faz o que tu queres”.

A sociedade precisa de limites e aqui não estamos tratando de conservadorismo. É necessário recompreender as coisas sagradas, dando valor aos mandamentos, ao que Deus nos deixou e os limites que Ele instituiu.

O saudoso Padre Gabriele Amorth dizia que “devemos nos preocupar quando os pecados mortais são tratados com normalidade, como parte da vida da sociedade”.

Nos exorcismos, vemos o que é a possessão diabólica, os sofrimentos que o demônio é capa de causar, por permissão de Deus, ao ser humano.

Hoje, infelizmente, até para a possessão diabólica há “especialistas” que querem classificá-la como uma doença, desacreditar a realidade do mal. O mal também se fortalece quando tiramos de Deus o lugar que lhe é devido.

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O que é o Purgatório e o que é o Inferno?

Em tempos onde as verdades de fé estão sendo esquecidas ou mesmo são desconhecidas, é importante aprendermos o que nos ensina a santa Igreja:

“A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativamente ao Purgatório sobretudo nos concílios de Florença (622) e de Trento (623)…” [2]

O Purgatório é para os que morrem na graça e amizade de Deus, mas não estão completamente purificados. Estão seguros de que estão salvos, mas ainda precisam de uma purificação final [3].

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O Inferno “é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados”.

“[…] Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus, significa permanecer separado d’Ele para sempre, por nossa própria livre escolha.” [4]

Em tempos como os nossos, é muito válido evangelizarmos não só propagando o amor misericordioso de Jesus, mas “a verdade”, explicando certos princípios que se têm esquecido, não se conhece, ou mesmo, por livre vontade, se tem ignorado.

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Santa Faustina e as almas sofredoras do Purgatório

No Diário “A misericórdia divina na minha alma”, encontramos um relato estarrecedor da noite em que Jesus levou Santa Faustina para conhecer o Purgatório:

“[…]Vi o anjo da guarda, que me mandou acompanhá-lo. Imediatamente me encontrei num lugar enevoado, cheio de fogo e, dentro deste, uma multidão de almas sofredoras. Essas almas rezam com muito fervor, mas sem resultado para si mesmas. Apenas nós podemos ajudá-las. As chamas que as queimavam não me tocavam. O meu anjo da guarda não se afastava de mim nem por um momento. E perguntei a essas almas qual era o seu maior sofrimento. Responderam-me, unânimes, que o maior sofrimento delas era a saudade de Deus. Vi a Mãe de Deus que visitava as almas no purgatório. As almas chamam a Maria “Estrela do Mar”. Ela lhes traz alívio. Queria conversar mais com elas, mas o meu anjo da guarda fez-me sinal para sair. Saímos pela porta dessa prisão de sofrimento. [Ouvi uma voz interior] que me dizia: A Minha misericórdia não deseja isto, mas a justiça o exige. A partir desse momento me encontro mais unida às almas sofredoras.” [5]

Em se tratando do Purgatório, que é onde ainda existe esperança, Jesus deixa claro para Santa Faustina que não deseja esse sofrimento para as almas, …“Mas a justiça o exige”.

Rezemos para que nesses tempos, onde não se respeita mais nem a divindade de Deus, a humanidade se volte para Ele.

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Referências

[1] Audiência Geral, Papa Bento XVI, 16.01.2013.
[2] CIC 1031.
[3] CIC 1030.
[4] CIC 1033.
[5] Diário “A misericórdia Divina na minha alma”, nº 20.

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