Hoje é um grande dia na Igreja, não só por ser domingo, o dia do Senhor. A Igreja beatificou a serva de Deus Maria Laura Mainetti.
O acontecimento, por si só, já deveria ser celebrado com grande alegria, mas existem ainda contornos especiais: a freira foi assassinada em 06 de julho de 2000, por três jovens satanistas que desejavam impressionar Satanás oferecendo a ele um sacrifício humano.
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O Padre Francesco Bamonte, ICMS, Presidente da Associação Internacional dos Exorcistas escreveu sobre essa importante beatificação:
“Domingo, 6 de junho de 2021, será beatificada Irmã Maria Laura Mainetti, vítima sacrificial de um rito satânico realizado por três meninas. Assim que foram presas, disseram na verdade que a haviam oferecido a Satanás ‘para fazer algo diferente do habitual e sentir fortes emoções’.”
Por que ela foi assassinada?
O satanismo é um dos grandes perigos modernos para a juventude dos dias atuais. Ele seduz principalmente os jovens, prometendo liberdade sem limites e desprezo pelas regras. Foi em Chiavenna que três menores de idade fascinaram-se por ele, a ponto de planejar sacrificar uma pessoa como forma de consagração ao diabo. Inicialmente, planejaram assassinar o Pároco de San Lorenzo, Monsenhor Ambrogio Balatti, mas como tratava-se de um homem robusto e com bom físico, imaginaram que teriam muitas dificuldades em conseguir assassiná-lo. Então, voltaram-se para a Irmã Maria Laura, que possuía um porte físico menos vigoroso.
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O plano macabro do seu assassinato foi posto em prática:
“No início de junho de 2000, a freira foi contatada por uma das três amigas. Ela fingiu estar grávida devido a uma agressão sexual e sua família queria que ela fizesse um aborto. Ela tinha como certo que essa freira se tornaria imediatamente sua amiga e que, para evitar o aborto, ele lhe ofereceria apoio incondicional e até mesmo hospitalidade em sua própria comunidade religiosa, pelo menos até o final de sua gravidez.” [1]
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A jovem estava certa: sem nenhuma malícia no coração, a Irmã Maria Laura logo comoveu-se com a situação e foi em 06 de junho que a jovem telefonou-lhe novamente, a fim de marcar um encontro na Piazza Castello. Foi lá que se conheceram e rapidamente a jovem a convenceu a ir a um local mais afastado do país, sob o pretexto de buscar sua bagagem. No mesmo dia, por volta das 22h, a freira saiu ao encontro da jovem no local combinado. Lá, encontrou as duas amigas cúmplices que convenceram Irmã Laura a acompanhá-las por um local mal iluminado enquanto a outra jovem retirava os seus pertences. Foi durante esse caminho que o crime aconteceu.
O ritual satânico
Primeiro, a pobre freira foi agredida com pedradas e estando já ferida, foi arrastada para um local mais isolado onde cada uma das três jovens desferiu sobre ela 6 facadas, para lembrar o número 666, representação do demônio. O calor da violência fez com que perdessem a conta, acabando por desferir um golpe a mais na pobre irmã, que enquanto era assassinada, de joelhos, não parava de dizer: “Senhor, perdoa-lhes!”.
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O perdão impressionou as satanistas
Durante o interrogatório policial, as jovens foram unânimes em dizer que nem as facadas, nem o sangue, ou mesmo a violência que praticaram ou a força que demonstraram ter as marcou tanto quando a imagem da pobre freira de joelhos sendo esfaqueada pedindo a Jesus que as perdoasse pelo mal que estavam fazendo. A Irmã Maria Laura vira os cadernos das jovens com inscrições satânicas e morreu preocupada com o que poderia lhes acontecer servindo ao demônio.
A investigação do assassinato descobriu que meses antes, as três garotas haviam feito um pacto de sangue com o demônio que as uniu indissoluvelmente.
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O Padre Bamonte nos alerta para que tenhamos muito cuidado com os caminhos que podem tomar a juventude, inclusive o desfecho fatal do culto de adoração ao demônio:
“A beatificação da Irmã Maria Laura Mainetti, assassinada por três adolescentes, deve fazer-nos refletir seriamente sobre o dramático desfecho a que pode conduzir não só o vazio de valores e o tédio que caracteriza a vida de tantos jovens, mas também aquele perverso bombardeio midiático a que são submetidos que visa despertar neles o fascínio da transgressão, dos “desafios” extremos, à busca contínua por propostas extremamente estimulantes, fora do comum e além de todos os limites que incluem também o culto ao demônio com aberrantes rituais de vários tipos, que prometem não apenas emoções intensas, mas a apropriação de sua força do mal, de seus poderes (como se fossem poderes divinos e não são), de suas performances esotéricas.”
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O local onde a Irmã Maria Laura foi morta tornou-se um local de peregrinação de crianças, jovens e adultos que deixam muitas mensagens em diversos idiomas. Nele foi colocada uma pedra uma cruz de granito com a inscrição do Evangelho:
“Se o grão de trigo morre, dá muito fruto”.
Em março de 2019 o corpo da freira foi transferido do cemitério para uma das capelas laterais da Igreja Colegiada de San Lorenzo. Um diário foi colocado no balaústre onde orações ou reflexões podem ser deixadas. Em um ano foram coletadas 1.500 frases, escritas em todas as línguas do mundo por crianças, avós, grupos de jovens, pais, pregadores, escolas, coros, comunidades.
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O prefeito das para as causas dos santos, Cardeal Marcello Semeraro celebrará junto ao Bispo da Diocese de Como, Monsenhor Oscar Cantoni a Santa Missa de Beatificação da Irma Maria Laura no dia de hoje no Estádio Municipal de Chiavenna. Será possível acompanhar pelo Canal no Youtube da TV 2000 italiana a partir das 11 horas do horário brasileiro (16 horas na Itália).
Referências
[1] Artigo do Padre Francesco Bamonte para o site da AIE.
Site dedicado à Irmã Maria Laura Mainetti
Baixe aqui orações da nova Beata
